Em Cravolândia, 15ª cidade mais pobre do Estado, no Vale do Jiquiriçá, o prefeito Naelson Lemos (PT) é mais um dos gestores públicos baianos que dizem sentir os efeitos da crise, da redução de custos e enxugamento da máquina pelo governador federal. Lemos exonerou, recentemente, cerca de 100 servidores contratados e alega queda de receitas. Ele diz que, a Prefeitura de Cravolândia, assim como tantas outras da região, sofre com a queda de receitas e enfrenta dificuldades financeiras. Mas no último final de semana, a Prefeitura promoveu festa em praça pública, sábado e domingo, em homenagem ao padroeiro da cidade, Bom Jesus, com lavagem, cavalgada e shows musicais com mais de quatro atrações. E quando questionado pelo Blog Marcos Frahm, sobre como se desdobrou financeiramente para realização do evento, o gestor disse que o município não investiu. ”A gente não fez festa de forma irresponsável. A prefeitura tem dificuldades, como as contras tem, por tanto nós levamos o projeto ao estado e, o governo, através da Bahiatursa, nos ajudou, com recursos de R$ 50 mil. Se o governo não nos ajudasse, ficaria difícil para a prefeitura fazer a festa, que é uma tradição em Cravolândia e tinha que continuar, tinha que ser mantida a tradição”, justifica.
