O acusado do assassinato do professor Antomar Souza Gomes o ”Tom”, de 34 anos, morto em 31 de dezembro de 2010, no município de Manoel Vitorino, o réu Luciano de Oliveira, 33 anos, foi submetido a Júri Popular nesta segunda-feira (3), no Fórum Bertino Passos, de Jequié, em sessão presidida pela Juíza Substituta, Letícia Fernandes Silva Freitas, da Vara do Júri e Execuções Penais. No julgamento, que durou cerca de 9 horas, Luciano foi condenado a cumprir pena de reclusão de 16 anos, três meses e 30 dias de multa em regime fechado no Conjunto Penal de Jequié, por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo. O réu já cumpriu parte da pena em prisão provisória. Ele estava preso há 2 anos no Conjunto Penal, para onde foi reconduzido por volta das 19h30 de hoje e, em face de estar preso preventivamente a pena a ser cumprida por ele é de 11 anos, 13 meses e oito dias. A sentença foi lida pela Juíza Letícia por volta das 18h50, na presença de familiares da vítima, que se deslocaram de Manoel Vitorino a Jequié para acompanhar o julgamento.
Os pais do professor Antomar, que lecionava Matemática no Colégio Municipal Clemente Mariane, no distrito de Catingal, em Manoel Vitorino, apesar de idosos não perderam o foco nos debates entre defesa e acusação e, ao fim do julgamento, foram cumprimentar e até fizeram agradecimentos as autoridades judiciais, a Juíza Letícia Fernandes e ao Promotor de Justiça Rafael de Castro Matias, representante do Ministério Público na acusação do réu; atuou como assistente de acusação a advogada Perpétua Lomanto e na defesa o advogado Raimundo Pereira Batista, tendo afirmado que irá recorrer da decisão que condenou Luciano de Oliveira.
O Júri Popular foi marcado por momentos de tensão e emoção por parte dos familiares da vítima e um dos quatorze irmãos presentes, Almerito Souza Gomes, 43 anos, chegou a passar mal e foi retirado imediatamente do interior do salão do Júri, sendo socorrido por uma ambulância do Samu e levado ao HGPV, onde foi medicado e ficando em observação na unidade de saúde. Crime – O crime ocorreu ao lado do Bar de Bila (frente ao campo de Dila), onde a vítima se encontrava em companhia de amigos. O suspeito após desentendimento com a vítima chamou-o para o lado de fora, entrando em luta corporal. Depois de imobilizar a vítima com um chute no joelho, Luciano sacou o revólver e fez um disparo à queima roupa, com a bala atingindo o professor na testa, atravessando o seu crânio, indo ferir de raspão a testa de uma jovem que se encontrava na frente de uma casa, a cerca de cinco metros do local do incidente. Na época o autor do homicídio fugiu para paradeiro ignorado, sendo posteriormente preso.