A proposta que inclui o município de Maracás no Consórcio Público de Saúde do Estado, Projeto de Lei do Governo da Bahia encaminhado à Câmara pelo Executivo de Maracás, deverá, enfim, ser votado na próxima quinta-feira (26/11) em sessão extraordinária, marcada para as 19h no Plenário da Casa Legislativa. A confirmação de que a proposta será levada mais uma vez a apreciação dos vereadores é da presidente da Câmara, Noélia de Souza Novaes (PV), que falou com exclusividade ao Blog Marcos Frahm, nesta segunda-feira (23), sendo indagada a cerca da polêmica em torno do Projeto de Lei que segue emperrado na Câmara de Maracás. De acordo com Noélia, o PL foi enviado pelo prefeito Paulo dos Anjos (PT) na manhã do dia (6/11), mas os edis, integrantes da oposição na Casa, alegaram falta de tempo para analise da proposta e, à noite, durante sessão ordinária, o projeto foi retirado de pauta depois que a oposição pediu vista da proposta, sob alegação de que precisaria de tempo para analisar pontos do projeto, que foi encaminhado às comissões. Oito dias depois, na sessão de sexta-feira (13), o PL mais uma vez não foi votado. A presidente disse que os vereadores ainda não teriam feito a análise necessária e não entrou em pauta. Mas, na última sexta-feira (20), quando o polêmico Projeto voltou a pauta da sessão, o vereador Dico de Edmundo, que apesar de ter sido eleito pela mesma legenda partidária da qual o prefeito é filiado e foi também eleito em 2012, o PT, integra a bancada de oposição e pediu tempo novamente para estudar a proposta, conforme relatou a presidente, que nega postergação para votar o PL. ”Não é a Câmara de Maracás que está atrasando a votação. Isso é uma coisa política, mas eu respeito à decisão dos colegas, que pediram esse tempo para analisar, para segurar o projeto, mas na quinta-feira, que vai ter a sessão, a gente vai votar o projeto. O colega Dico de Edmundo pediu para retirar de pauta, eu respeitei a opinião dele, mas eu acho que Maracás não pode sofrer pressão por causa de política e na quinta-feira a gente vai sim, votar o projeto. Eu acredito que eles têm pretensão de votar”, diz a presidente. Ainda de acordo com Noélia Novaes, que falou ao BMF por telefone, há quem aposte na possibilidade de empate na votação, levando em consideração o número de parlamentares que compõem a atual Legislatura em Maracás, 11 vereadores, com 6 dos edis representado o grupo de oposição ao prefeito Paulo, mas com chances claras de o Executivo obter apoio de 5 dos outros 10 edis. ”Pode ter empate, com cinco vereadores de um lado e cinco de outro, e se empatar, eu vou desempatar. Como a presidente não vota, eu posso desempatar. Eu acho que eles vão votar sim”, afirma Noélia, que diz não acreditar em derrubada por parte dos opositores. O critério de desempate na Câmara de Maracás será pela decisão da presidente, que poderá opinar pela aprovação ou rejeição.