Zé Cocá diz que João não precisa recorrer à justiça sobre descarte do lixo; ”basta cumprir a lei”

Cocá diz que João tenta gerar factoide eleitoral. Foto: MFrahm

Em resposta ao ex-afilhado político, João Freitas (PP), que teria questionado a decisão da Prefeitura de Jequié de proibir a gestão de Lafaiete Coutinho de descartar no Aterro Sanitário os resíduos sólidos (lixos) produzido pelo se município Zé Cocá (PP) disse que João tenta gerar factoide eleitoral com fala fora de contexto quando afirmou ao Blog do Marcos Frahm que irá recorrer à Justiça para reverter à situação.

A em nota, divulgada desta quarta-feira (14), a Prefeitura de Jequié teria informado que as cidades vizinhas celebraram um termo de cooperação para que o Aterro Sanitário de Jequié recebesse e tratasse o lixo produzido em Lafaiete e que, ”em contrapartida, Lafaiete seria responsável pelas obras de manutenção das estradas do distrito do Baixão e das estradas que fizessem limites entre os dois municípios. Mas, que infelizmente, o termo de cooperação não foi cumprido pela Prefeitura de Lafaiete, que só fez 10% das obras e abandonou os serviços. A Procuradoria Municipal de Jequié notificou, oficialmente, o prefeito de Lafaiete, José Freitas de Santana, o João Véi, por duas vezes, e de forma extra oficial, mais de dez vezes, portanto não é verdade que o prefeito foi pego de surpresa”, diz um trecho da nota, que é veementemente contestada por João, afirmando ter cumprido o acordo com a recuperação das estradas.

Para Cocá, críticas a sua conduta com fins eleitoreiros tem sido uma regra de seus opositores, que tentam levantar dúvidas na cabeça dos munícipes em relação ao seu perfil. Zé diz acreditar que, João, que chegou ao cargo de prefeito eleito em 2016 e reeleito em 2020 pelo eleitorado através de sua indicação depois de dois mandatos consecutivos bem avaliados em Lafaiete COM Freitas atuando como secretário quando Cocá exercia o cargo de chefe do Executivo por lá até 2016 estaria sendo influenciado a criar distorções que prejudiquem o bom debate democrático. Ele negou que a proibição por parte de Jequié teria intenção de prejudicar a população da cidade que lhe projetou no cenário estadual e que tem marcas significativas da sua passagem pelo comando do município. ”Não precisa de outra coisa, só do cumprimento do compromisso firmado entre os municípios com o acompanhamento do Ministério Público. Por Lafaiete, tenho uma história de trabalho pelo seu desenvolvimento”.

O gestor de Jequié considera que a decisão foi nitidamente tirada do contexto administrativo quando João diz ter cumprido o TAC, firmado com anuência do Ministério Público e que não há motivação para recorrer à Justiça. ”Basta cumprir a lei, o que foi acordado, cumprir o TAC. Foi assinado um termo de compromisso e isso tem que ser cumprido. Eu não posso mentir ao MP”, explicou Cocá ao BMFrahm.

Ruptura

João e Zé tinham uma relação próxima de amizade e mantiveram laços políticos até o primeiro semestre deste ano, quando Cocá rompeu a aliança com o governador Rui Costa (PT) para apoiar o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB) e Freitas decidiu permanecer na base governista. Além disso, o mandatário de Lafaiete se posiciona contrário ao candidato a deputado estadual, Hassan Iosseff (PP), apoiado por Cocá e defende a candidatura de Patrick Lopes (Avante), ex-prefeito de Jitaúna, outro que cortou vínculo político com Zé.