Zé Cocá deixará Assembleia para ser candidato a prefeito de Jequié nas eleições de 2020

Zé Cocá disputará à Prefeitura de Jequié. Foto: Blog Marcos Frahm

O encontro estadual do PP, realizado nesta segunda-feira (30/09), em Salvador, serviu para confirmar o que já vinha sendo ventilado nos meios políticos de Jequié. No evento, promovido pela sigla partidária na capital baiana, o presidente do PP e  vice-governador do Estado, João Leão, anunciou a filiação de 35 prefeitos. Com isso, o PP passa a contar com 91 prefeitos e esse número pode aumentar, já que o partido está conversando com outros seis gestores municipais. Entre eles está Wilker Torres (PSB), prefeito de Casa Nova, irmão do deputado estadual Tum, que teve a entrada no partido anunciada pelo vice-governador. Como o partido se movimenta, visando as eleições municipais de 2020, lideranças pepistas, como o deputado estadual Eduardo Salles apostam no crescimento do PP, com candidaturas de pelo menos cinco deputados que disputarão prefeituras Bahia afora. Conforme Eduardo, entre os parlamentares está Zé Cocá, que deverá deixar a Assembleia Legislativa para empunhar candidatura à Prefeitura de Jequié, cuja relação com a cidade começou a ficar estreita nas eleições de 2018, quando foi eleito deputado com 59.380 votos, obtendo a maior votação individual de Jequié para estadual – 19.821 votos.

Cocá já manifestava, nas entrelinhas, ainda quando prefeito do município vizinho, Lafaiete Coutinho, onde conseguiu ser candidato único à reeleição, em 2012, o desejo de ser candidato Jequié. Em entrevistas, sempre fez questão de afirmar que estudou na Cidade Sol e que sua relação com o município é existente desde a sua infância.

Contudo, Zé deverá está ciente de que haverá uma pulverização de candidaturas, tendo que enfrentar, inclusive, um ex-aliado e agora adversário declarado, que é o deputado federal Antônio Brito, que deverá lançar, pelo PSD, o cunhado e diretor da Santa Casa de Saúde, Alexandre Youssef, como candidato a prefeito. Brito goza de considerável credibilidade junto ao eleitorado local, onde obteve, pela segunda vez consecutiva, expressiva votação para federal, com mais de 29 mil votos. E a dobradinha no ano passado foi feita com Cocá. No entanto, a relação entre ambos azedou de lá pra cá. Hoje, os deputados caminham em campos opostos, apesar de serem aliados do governador Rui Costa (PT), que não deverá se intrometer e nem se manifestar publicamente sobre o racha. Rui até já descartou a hipótese alimentada na cidade, de que a sua esposa, a jequieense Aline Fernanda Peixoto seria incluída na disputa sucessória, na condição de candidata. Correndo por fora, está o atual prefeito, Sérgio da Gameleira (PSB), que não poderá ser candidato por ter assumido o cargo interinamente quando vice da então prefeita Tânia Brito e poderá  lançar um nome para sua sucessão. Segundo apurou o Blog Marcos Frahm, Gameleira não comunga com os projetos de Brito e Cocá e pretende aproveitar a intriga dois dois para tentar consolidar um nome e já começar a se articular.

Há, entretanto, quem enxergue nas movimentações de Sérgio somente um balão de ensaio para, mais tarde, se não conseguir viabilizar uma candidatura para o comando da Prefeitura, ao menos, se tornar decisivo com apoio. Porém, a decisão de apoiar alguém teria que passar pelo crivo dos deputados aliados, Euclides Fernandes e Paulo Magalhães, conforme o próprio prefeito declarou em entrevista recente.