Tudo dele, nada nosso: Fogo amigo deve complicar vida de Kannário na Câmara de Salvador

Cantor e vereador Kannário. Foto: Valdomiro Lopes/CMS

Apesar de partir de membros da oposição as denúncias que serão ingressadas na Corregedoria da Câmara de Salvador, o núcleo da situação, ligado ao prefeito ACM Neto (DEM), não anda satisfeito com a atuação do vereador cantor Igor Kannário (PHS) nos primeiros meses do novo ano legislativo, tampouco estão contentes com a receptividade do edil que a todo instante é afagado pelo próprio prefeito e pelo vice-prefeito e principal capo de Neto na articulação política, Bruno Reis (PMDB). O estopim da situação e aumento do fogo amigo foi a fala do edil, no bairro da Liberdade, em um dos três shows feitos no Carnaval que embolsou, segundo a Folha, R$ 120 mil da prefeitura, no qual acusou a CMS como local onde existe o crime organizado. Alguns vereadores afirmam, segundo o site Bocão News, que a situação do humanista começa a se complicar. ”Ele deixou a desejar em vários aspectos quando a bancada já precisou dele. Sem contar que, apesar de fazer o que faz e se ausentar, tem um tratamento privilegiado por parte da prefeitura”, isse. Kannário, que não segue a cartilha da CMS com suas recentes posturas e nem da base da situação, tem despertado uma ira adormecida em seus colegas de ”bancada”, tanto do baixo, quanto do alto clero. Os mais próximos do prefeito questionam o tratamento diferenciado dado ao edil que não tem atuação incisiva, que não dá ”cara a tapa” na defesa política e ainda, palavras de um vereador, ”deturpa” a imagem de todos os vereadores e atrapalha ”o projeto de ACM Neto”. Apesar de receber afagos em grupos de whatsapp, o edil, com experiência quase zero em política, orientado por Júnior Muniz (PHS), sofrerá com as nuances das articulações dos bastidores. Mesmo que se salve, pois pode receber uma pena mínima de advertência dentro da Câmara, inclusive com as bênçãos e a mobilização do Palácio Thomé de Souza para o fato não avançar para uma cassação, Kannário sofrerá marcação cerrada doravante. Se sair da linha, logo sofrerá nova represália. ”O cartão amarelo será dado, mas um segundo não será tolerado”, contou outro edil.