Suspeitos de fraude, prefeitos afastados devem usar tornozeleira e não podem falar com investigados

Da esquerda para direita, Robério, Cláudia e Agnelo. Foto: Divulgação

Os prefeitos investigados pela Polícia Federal por fraude em contratos e afastados das prefeituras de Porto Seguro, Eunápolis e Santa Cruz Cabrália terão que usar tornozeleira eletrônica segundo determinou o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Além do uso de tornozeleira, Cláudia Silva Santos Oliveira (PSD), José Robério Batista de Oliveira (PSD) e Agnelo Santos (PSD) não poderão manter contato com os outros investigados do caso. A informação foi confirmada, nesta terça-feira (14), pelo advogado Maurício Vasconcelos, que representa Claudia e Robério, que são casados. O site G1 informou que entrou em contato com o TRF1 para saber mais detalhes da decisão, mas a assessoria do órgão disse que não pode dar informações nem confirmar nada sobre o assunto, pois o caso está sob sigilo. O advogado também não tinha detalhes de quando foi à determinação, mas disse que os investigados ainda não está usando o equipamento. A reportagem tentou falar com a Polícia Federal, responsável pela operação Fraternos, que investiga os prefeitos, sobre a aplicação e monitoramento das tornozeleiras, mas não conseguiu contato. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap) informou que não foi feito nenhum pedido de tornozeleira da Justiça referente ao caso dos prefeitos. Apesar de Maurício ser advogado de Cláudia Oliveira e José Robério Batista de Oliveira, ele confirmou o pedido da Justiça para que Agnelo Santos também use a tornozeleira. O G1 tentou, mas não conseguiu contato com o advogado do prefeito de Santa Cruz Cabrália.Vasconcelos informou, ainda, que, além do uso da tornozeleira e de não poder ter contato com os investigados, os três prefeitos afastados devem se apresentar à Justiça, em Eunápolis, a cada 30 dias. Cláudia, José Robério e Agnelo também continuam afastados dos cargos. O casal tinha entrado com um pedido no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para retomar os cargos, mas o pedido foi negado.