Sessão da Câmara de Jaguaquara teve vereadores se ”engalfinhando” pelos microfones

Edis cobram pulso firme do presidente. Foto: Blog Marcos Frahm

As sessões da Câmara Municipal de Jaguaquara, realizadas às quintas-feiras, vem dando o que falar, nem sempre pela sua grande improdutividade, mas, principalmente, pela desorganização. Ontem (14), ocorreu à junção desses dois problemas, quando foi permitido a um jovem da comunidade utilizar o tempo a que o vereador de oposição Valdir Souza (PHS) tinha direito. Daí em diante, teve de tudo, com o Poder Legislativo protagonizando um verdadeiro ”DEUS NOS ACUDA”.

O bate-boca começou depois que o convidado mudou o rumo da proposta inicial de falar de esgoto em uma via pública e passou a proferir críticas, inclusive, a atuação de vereadores, segundo o qual, muitos ”não cumprem as funções para as quais foram eleitos”. Além de ferir o Regimento Interno da Câmara, que estabelece o uso da Tribuna Livre, somente mediante agenda prévia, a sequência da reunião causou espanto pelo nível das discussões até mesmo com a utilização de um linguajar inapropriado para o local. O vereador Nildo Pirôpo, líder da base do prefeito Giuliano Martinelli (PP), não gostou e passou a cobrar um posicionamento do presidente Raimundo Louzado (PR), que interferiu impedindo o jovem Yan Pedro de concluir o seu pronunciamento. Iniciou-se o bate-boca entre o jovem e Pirôpo, que chamou o convidado de moleque.

Valdir saiu em defesa do rapaz, com ataques ao colega vereador, proferindo palavras que fogem do bom discurso. Vale salientar que as sessões são transmitidas, ao vivo, pela Rádio Povo FM, portanto, muitas pessoas que acompanham não devem aprovar o nível das reuniões que, a rigor, não é a primeira vez que descamba para discussões improdutivas. Na semana passada, a sessão também foi tensa, com vereadores se ”engalfinhando”, até com o uso de linguagem socialmente ”ofensiva”. Palavras como: moleque, latindo, louco, bêbado, fizeram parte do vocabulário dos edis. Na opinião geral, embora tenha feito uma boa gestão quando foi presidente anteriormente, Raimundo Louzado vem deixando muito a desejar agora, sendo alvo de criticas pela maneira como conduz os trabalhos em plenário, onde permite ”rasgar” o Regimento Interno, documento que assegura o bom funcionamento do Legislativo. *Por Marcos Frahm