Rui e Neto mantêm bons índices de aprovação em meio à pandemia e Bolsonaro segura apoiadores

Rui e Neto desenvolve ações conjuntas. Foto: Mateus Pereira

Em meio à pandemia do novo coronavírus, o governador Rui Costa (PT) e, principalmente, o prefeito ACM Neto (DEM), mantém bons índices de aprovação, especialmente em comparação aos demais prefeitos e governadores do Brasil, que tiveram queda considerável na avaliação positiva, de acordo com pesquisa do DataPoder360, publicada em parceria com o Grupo A Tarde neste sábado (16).

Por sua vez, o presidente da República, Jair Bolsonaro, que fará a segunda troca no Ministério da Saúde após a saída de Nelson Teich e sofre pressão por ser acusado pelo ex-ministro Sergio Moro de tentar interferir no trabalho da Polícia Federal, também teve crescimento discreto na aprovação entre os baianos.

Na primeira parte do levantamento, feita em abril, Rui, um dos governadores que têm estado na linha de frente nas duras críticas à conduta Bolsonaro frente à pandemia de Covid-19, teve uma queda de 4% na aprovação, de 61% para 56% dos baianos que avaliavam positivamente o seu trabalho. No fim de abril, contudo, voltou a crescer e está em 60%.

Na capital, o líder do Executivo baiano tem um desempenho pior. A sua avaliação positiva diminuiu de 72% para 67%, enquanto aqueles que consideram o seu comando ruim ou péssimo, cresceu de 6% para 13%.

Já ACM Neto, prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, vê crescer ainda mais a sua aprovação em meio aos soteropolitanos. Na primeira rodada, subiu de 73% para 77%, e nesta segunda disparou para 84%.

Se a nível nacional, Jair Bolsonaro mantém fiel o seu 1/3 de apoiadores que contribuem para manter a sua popularidade, na Bahia, o presidente teve ainda um discreto crescimento na aprovação e queda na rejeição.

Ameaçado após vir à tona o conteúdo de uma reunião ministerial onde teria sugerido ao então ministro Sergio Moro que poderia trocar o comando da pasta se não pudesse nomear um novo superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, o capitão tinha uma boa ou ótima gestão para 29% dos baianos, no início de abril. Na segunda parte da pesquisa, o número oscilou para 31%. Os que avaliam o seu governo como ruim ou péssimo desceu de 59% para 54%, enquanto os que consideram o governo regular diminuir de 19% para 15%.

Apoiado pela classe mais rica do eleitorado na Bahia, Bolsanaro permanece com um índice ruim com esta parte da sociedade. Considerando os que ganham mais de 10 salários mínimos, a metade (50%) avalia o seu governo como ruim ou péssimo. O número aumenta quando diminui a renda: entre os que recebem entre 5 e 10 salários, o índice de rejeição é de 67%.

MANIFESTAÇÕES CONTRA O STF

Os números em relação às manifestações do STF e a participação de militares no governo segue a tendência do 1/3 do fiel público bolsonarista. Na Bahia, é ligeiramente maior o número de baianos que acreditam que atos em ataque ao Judiciário deveriam ser proibidos: 35%. Já 29% concordam que podem acontecer normalmente, enquanto a maioria das pessoas (36%) não soube responder.

Em Salvador, é ainda maior o número de pessoas que defendem a proibição destes protestos, que em Brasília, contaram com a participação do presidente Jair Bolsonaro: 39%, contra 24% dos que não concordam. A quantidade daqueles que não souberam responder é quase a mesma (37%) na capital.