Rui diz que eleição de 2020 não reflete em 2022 e chama fala de Neto de ”bravatas”

Rui comenta o resultado das leições 2020. Foto: Reprodução 

O governador Rui Costa (PT) voltou a afirmou ao site bahia.ba nesta quinta-feira (3), após evento de entrega de novas viaturas para a Polícia Militar que as eleições municipais não têm influência direta nas eleições estaduais e federal. Rui usou como exemplo suas duas eleições em 2014 e 2018, nas cidades de Camaçari, onde perdeu quando era governada pelo PT e venceu na gestão do DEM, e em Salvador, que venceu nas duas gestões do prefeito ACM Neto (DEM), a quem apontou ter declarado “bravatas” após as vitórias de sua base em Feira de Santana e Vitória da Conquista.

”Acho que sempre quem ganha tem que ter humildade ao ganhar. E quem perde tem que ter ressignificação ao saber que perdeu. Eventuais bravatas, eu estou acostumado a ouvir. Ouvi em 2006, em 2016. Ouvi essa retórica: ‘Essa derrota tem nome e sobrenome’. E em 2018, eu só fui conhecer o meu adversário no período legal, pois não tinha candidato para enfrentar a nossa candidatura. A vida muda muito rapidamente. Se tem uma coisa que é verdade no Brasil, e é incontestável, é que eleição municipal não determina a eleição estadual ou federal. Não há qualquer influência no resultado. Eu poderia citar algumas dezenas de casos. Eu perdi a eleição em Camaçari em 2014 que era governada pelo PT, e ganhei em 2018 que era governada pelo DEM. Ganhei em Salvador em 2014 e em 2018 governada pelo DEM. Isso não tem qualquer relação”, avaliou o governador.

Rui disse ainda que as eleições municipais deste ano foram as ”eleições da reeleição”, onde muitos prefeitos conseguiram se reeleger ou fazerem os seus sucessores. ”A eleição de 2020 teve um parâmetro que eu vi alguns poucos veículos falarem: que foi a eleição da reeleição, da recondução de quem já estava no cargo. Majoritariamente, de forma absoluta, os prefeitos que estavam nos cargos se reelegeram. Outros, de forma absoluta, conseguiram fazer seu sucessor. Essa é a característica da eleição. O resultado refletiu isso, não só na Bahia, mas no Brasil inteiro. Poucos foram os casos que houve a derrota dos prefeitos que estavam nos cargos, percentualmente foi um número infinitamente menor em relação aos prefeitos que se reelegeram”, disse.

O governador também criticou algumas prefeituras que utilizaram com excessos a máquina pública e acusou alguns prefeitos, sem citar nomes, de distribuição de cestas básicas às vésperas da eleição.

”Foi um ano atípico, onde sempre foi proibido prefeitos distribuir cestas básicas. Mas esse ano, na vésperas da eleição, no sábado, tinha um prefeito distribuindo cestas básica. É proibido o prefeito dar benefícios extraordinário, que não tenha sido praticado no ano anterior para a população. Esse ano muitos municípios criaram auxílio de R$ 200, R$ 300 para milhares de famílias. Eu não chamaria de uso da máquina porque não fizeram na véspera da eleição ou no dia, mas ao longo de meses. Isso tudo contribuiu. Eu fiz carreata em Salvador e passei por Marechal Rondon tinha pessoas, em um número enorme, saindo com cestas básicas na cabeça”, completou.