Jaguaquara: Reforma de hospital parada e população sofrendo os impactos de promessas não cumpridas

Reforma do hospital está paralisada há meses. Foto: Rede social

Promessas, promessas e mais promessas não cumpridas. Esta é a mais triste rotina da população de Jaguaquara nos últimos anos quando o assunto é saúde pública. A reforma do Hospital Municipal de Jaguaquara permanece paralisada faz quatro meses, fato que tem impactado fortemente no dia a dia do jaguaquarense que precisa dos serviços. Quem reside no Distrito Stela Câmara Dubois (Entroncamento) e regiões vizinhas, assistem, diariamente, o maior flagrante de desperdício de dinheiro público na região, que é a Unidade de Pronto Atendimento – UPA, cujas obras estão concluídas desde 2015, porém, continua fechada, e o pior, sem previsão de funcionamento.

O descaso com a saúde pública em Jaguaquara é um problema antigo e crônico e tem solução somente nos bonitos discursos dos candidatos em época de eleição, quando assumem, publicamente, compromisso de ampliar e melhorar a qualidade dos serviços, mas tudo não passa enganações, conforme comentário geral nas ruas. ”O povo está cansado dessas falsas promessas. É torcer para não adoecer para não ter de sofrer a procura de assistência médica pública”, dispara um cidadão, que não esconde sua grande insatisfação com o que vem ocorrendo no Município.

HOSPITAL MUNICIPAL

Iniciada em julho de 2018, as obras de reforma, ampliação e adequação do Hospital Municipal de Jaguaquara têm trazido transtornos e prejuízos para os seus usuários, incluindo os funcionários que são obrigados a conviver com essa situação da unidade. Os serviços vinham sendo tocados através de um convênio com o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde da Bahia – Sesab, que em maio deste ano se manifestou, por meio de nota pública endereçada ao Blog Marcos Frahm, informando que o convênio firmando no ano anterior pela pasta estadual com o município de Jaguaquara tem um investimento total de R$2,4 milhões, sendo R$2,16 milhões de recursos estaduais e o restante equivale a contrapartida municipal. Contudo, não se sabe se o valor licitado pela Prefeitura supera o acordado, pois o município solicitou alteração em itens da planilha orçamentária do convênio após vistoria realizada pela SESAB, que teria constatado divergências entre a planilha pactuada e a planilha executada.

”Em uma vistoria realizada no dia 01 de abril de 2019, foi atestada 32,08% de execução. O percentual está equivalente ao valor já desembolsado, porém foi verificado divergências entre a planilha pactuada e a planilha executada. Com isso, foi pleiteada pelo município uma alteração em itens da planilha orçamentária do convênio. Devido a solicitação do município e processo ainda em análise na área técnica, ainda não houve o desembolso da terceira parcela do convênio”, diz um trecho da nota enviada ao Blog Marcos Frahm à época.

Na última segunda-feira (29/07), durante entrevista, o controlador da Prefeitura, Judson Matos, ao representar o prefeito numa emissora de rádio da cidade, revelou que a gestão aguarda um aditivo para a continuidade da obra. Segundo o controlador, o prefeito, após o impasse entre Estado e Município passou a dizer que está morando na Sesab, quando se refere as frequentes visitas a Secretaria, em Salvador. Afirmou também que o chefe do Executivo corre contra o tempo para que a obra seja concluída antes de findar o seu mandato, que acaba no ano que vem.

E por falar e obra pública, os comentários na cidade são de que a população teme que a construção do IFBA as margens da BR-420, obra federal, sem convênio com o município e tão propagada pelo prefeito também fique como a UPA, construída e sem funcionar.