Jequié: Professores rejeitam proposta da gestão de Gameleira e anunciam preparação para a luta

Professores dizem que a gestão desrespeita o Piso. Foto: APLB

Professores da rede municipal de ensino de Jequié rejeitaram a proposta da gestão do prefeito Sérgio da Gameleira em relação a campanha salarial da categoria e decidiram ir a ”luta” pelos seus objetivos. A deliberação foi tomada durante assembleia promovida pela APLB Sindicato na quarta-feira (10abr19), ocasião em que foram apresentados o resultado da reunião com a Comissão Permanente de Negociação e o ofício com a decisão da referida Comissão no que diz respeito a Campanha Salarial 2019. ”A categoria rejeitou a proposta de condicionar a possibilidade de atualização do Piso do Magistério de 2019 ao Plano de Aplicação dos recursos do FUNDEF. O entendimento é de que o Piso deve ser implantando com base na complementação prevista para o FUNDEB em 2019”, informa o sindicato. ”A situação é grave! Esse governo mais uma vez desrespeita o Piso! É preciso lutar, porque o Piso só sai com luta!”, alertou a vice-diretora da APLB de Jequié, Ângela Meneses.

Ainda de acordo com o sindicato, a categoria também deliberou a favor de que a APLB solicite a retomada do diálogo com a Comissão Permanente de Negociação e discuta, considerando a receita provisionada do FUNDEB para 2019, os cenários de implantação do Piso do Magistério do ano em curso. Por fim, a assembleia da categoria decidiu que no Plano de Aplicação dos Precatórios do FUNDEF seja discutida a previsão de percentual para o pagamento dos processos administrativos do magistério municipal, extinguindo-se deste modo o passivo hoje existente. Além disso, foi aprovada a construção de um Dia Municipal de Luta pela Valorização do Magistério Municipal, com paralisação das atividades escolares por 24 horas.

OUTRO LADO

A Prefeitura, por sua vez, alega dificuldades para fazer a concessão de reajuste, por enquanto, justificando o alto índice de pessoal – na casa de 68% – portanto, bem acima do estabelecido pela legislação em vigor; bem como o cenário econômico atual nada animador do País em relação a perspectiva de crescimento. Foi sinalizado aos sindicatos que não existe, no momento, nenhuma possibilidade de concessão de reajuste. *Por Souza Andrade