Professora morre em acidente com moto atingida por carro dirigido por médica na Pituba, em Salvador

Moto atravessou canteiro após o choque. Foto: Fernanda Varela

A professora de balé Geovanna Alves Lemos, 41 anos, que estava em uma moto, morreu depois de ser atingida por um carro na tarde desta quinta-feira (15) na Avenida ACM, na Pituba, em Salvador. Um Kia Sportage que era conduzido no sentido Orla acabou atingindo a moto, que ia pegar o retorno para o Itaigara. Geovanna não resistiu e morreu no local. Ela e o mototaxista estavam de capacete no momento da batida. De acordo com a Superintedência de Trânsito de Salvador (Transalvador), o acidente aconteceu por volta das 12h20. Com o impacto do acidente, os dois veículos atravessaram o canteiro da pista e foram parar no outro retorno. ”O condutor de outra motocicleta que estava aqui no local também… Falaram que viram que ela (condutora do carro) possivelmente estaria no celular”, afirmou o coordenador de trânsito José Hage. No local do acidente, a mãe de Geovanna chorava bastante sentada em uma viatura da Transalvador. Amigos e colegas da professora também foram ao local.

Carro era conduzido pela médica Rute Nunes Oliveira Queiroz

Diretora do Sartre, onde a professora dava aulas, Maria Auxiliadora Andrade também foi até lá e chorou bastante ao se deparar com a cena. ”Uma menina alegre, linda. Como pode uma brutalidade dessas? A mãe perdeu a filha única”, diz. ”Eu ainda não estou acreditando. Ela era filha única, batalhadora, só vivia sorrindo”, acrescenta. A professora estava indo justamente para o colégio Sartre no momento do acidente – ela trabalhava lá como professora assistente há dois anos. Ela também dava aulas na Ebateca, em Brotas. O carro era conduzido por uma mulher que foi levada para a 16ª Delegacia (Pituba). O mototaxista também foi conduzido para a unidade policial. A motorista do carro foi identificada como a médica Rute Nunes Oliveira Queiroz, ex-diretora médica e assessora técnica do Hospital Roberto Santos. O marido dela, Mário Queiroz, a acompanhou na delegacia. Ele afirmou que Rita estava indo buscar a filha na escola, sua rotina diária. ”Fatalidade. Acidentes acontecem. Ela é mãe de família, pessoa de caráter”, diz. ”Estava escrito. Era eu que ia buscar (a filha). Mas ela disse deixa que eu vou, deixa que eu vou. Depois quando ela me ligou tava aquela gritaria. Sinto muito pela família da jovem”, continua, acrescentando que a família nunca vai esquecer desse dia. Um motociclista que testemunhou o acidente também foi para a delegacia. Ele afirmou que viu a batida e diz que a motorista do carro tentou fugir arrastando a moto, mas acabou batendo em um bloco de concreto. As informações são do Correio da Bahia