Mais uma vez, é suspenso o julgamento de deputado que oferecia atendimento médico em troca de votos

Julgamento de Targino Machado é suspenso. Foto: Reprodução

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), Jatahy Júnior, e o juiz Diego Castro votaram, na manhã desta segunda-feira (18), pela absolvição do deputado estadual Targino Machado (DEM), que responde, entre outras acusações, por abuso de poder econômico nas últimas eleições. O julgamento, porém, foi interrompido devido a um pedido de vista do juiz eleitoral Freddy Pitta Lima. Com o placar empatado de 3 a 3, seu voto – que será apresentado nesta terça (19) – determinará ou não a cassação do parlamentar.

Jatahy considerou que as provas não são ”robustas”. Assim como Diego Castro que afirmou que ”diante de todo o contexto trazido”, está convencido da tese da divergência, portanto, ”inexistência de qualquer ato de abuso de poder econômico”. Para o relator, o desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, o democrata realizava em sua clínica atendimentos médicos mediante a apresentação do título de eleitor. Havia a imagem do deputado no local e nas receitas. Além do relator, também votaram pela cassação do mandato do líder da Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia os juízes Antônio Oswaldo Scarpa e Patrícia Kertzman. Já o juiz José Batista Júnior abriu a divergência do relator na sessão no último dia 4, que acabou sendo seguido nesta segunda pelo presidente da Corte e o juiz Diego Castro.

Targino é acusado de oferecer atendimentos médicos irregulares em troca de votos. Segundo inquérito da Polícia Federal, o democrata, que é médico, atendia irregularmente eleitores em Feira de Santana, de onde eram transferidos para os municípios de Cachoeira e São Félix para serem atendidos, fora da regulação, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em pronunciamento no plenário da Assembleia no último dia 29, data que foi iniciada o julgamento, o parlamentar afirmou que tem ”sofrido calado um verdadeiro linchamento moral desde o fechamento dos locais onde prestava atendimento médico à população de Feira de Santana, que ocorreu há cerca de 16 meses”. O democrata reafirmou também que nunca praticou qualquer ato de corrupção e, desde sua diplomação como médico, há 39 anos, sempre fez atendimento no mesmo local e nunca cobrou consulta ou procedimento em todos esses anos. Com informações do site Política Livre