O presidente do PT em Salvador, Ademário Costa, criticou as declarações do prefeito ACM Neto (DEM) a respeito do cancelamento dos debates que seriam promovidos pela TV Bahia e RecordTV Itapoan. O gestor soteropolitano concordou com as decisões, classificando o formato atual de debates como ”chato e engessado”.
”A sociedade quer e a democracia exige a realização dos debates entre os candidatos à prefeitura dos municípios. Chamar de chato algo que é feito obedecendo as regras da democracia revela o descaso do gestor municipal com o processo eleitoral e a democracia. Os debates são fundamentais para uma eleição equilibrada e consciente, pois possibilita aos eleitores conhecerem as propostas. A não realização dos debates só interessa a quem não tem conteúdo, não tem propostas, nem ideias para a cidade”, declarou Ademário, em nota.
O dirigente também destacou que o formato definido pelo prefeito de ”engessado” é um conceito democrático que visa garantir a participação de todos os candidatos/as e ao eleitor uma escolha consciente. ”O modelo criticado pelo prefeito é justamente a forma democrática de assegurar que todos os/as postulantes tenham a oportunidade de mostrar se estão ou não preparados para administrar a cidade. O debate só inibe quem não tem nada a dizer, ou seja, não tem propostas e representa apenas a continuidade de um projeto devassado e excludente para a cidade”, completou o petista.
As emissoras avaliaram que seria inviável realizar os encontros diante do alto número de candidatos em Salvador – nove, ao todo, sendo obrigatória a participação de pelo menos sete deles. A decisão se dá principalmente pela pandemia da Covid-19. ACM Neto, por sua vez, ressaltou que não existe nenhuma “legislação” que obrigue qualquer veículo a realizar o debate, e acrescentou que o modelo atual brasileiro é uma “chatice”.
”Cada emissora tem o direito de fazer análise sobre convivência e oportunidade de realizar ou não, não há nenhuma lei no Brasil que obrigue veículo de comunicação a realizar debate, tem jornal, tem site que faz sabatina, o outro que não faz […] pelo que vi, as emissoras que decidiram cancelar os debates até agora foram em função, sobretudo, de afastar o risco maior de contágio”, defendeu. As informações são do BNews
