Por eleição, aliados tentam reunir Alckmin e Temer; adesão incluiria o PSDB e o DEM na Bahia

Amigos em comum tentam unir Temer e Alckmin. Foto: Estadão

Amigos em comum do presidente Michel Temer e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, querem promover um encontro entre os dois para verificar se é possível algum tipo de acerto do MDB com o PSDB na campanha eleitoral. Aliados do Palácio do Planalto estão preocupados com o mau desempenho das candidaturas de centro e têm cada vez mais receio do lançamento de outsiders na política, como o apresentador de TV Luciano Huck. O Planalto se surpreendeu com a estagnação de Alckmin na pesquisa do Datafolha, feita após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Tribunal Regional Eleitoral da 4.ª Região a 12 anos e 1 mês de prisão. Pré-candidato do PSDB à Presidência, Alckmin tem de 6% a 11% das preferências nas pesquisas de intenção de voto. O problema é que a expectativa de crescimento de outros postulantes de partidos da base aliada, como o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), continua muito baixa. Além disso, a persistente impopularidade de Temer dificulta o seu desejo de concorrer a um novo mandato. Pesquisas que chegaram ao Planalto associam a fragilidade de Alckmin até mesmo aos escândalos protagonizados pelo senador Aécio Neves (MG), ex-presidente do PSDB. Na mira da Lava Jato, Aécio chegou a ser afastado do mandato, no ano passado, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Judiciário pode afastar parlamentar, mas a decisão passa pelo crivo do Legislativo. O Senado acabou devolvendo o mandato para Aécio. O governador paulista também é alvo de investigações. No Palácio dos Bandeirantes, porém, auxiliares de Alckmin dizem que a aliança do PSDB com o MDB de Temer foi tóxica para o tucano e está contaminando sua campanha. Alckmin tenta agora fisgar partidos que hoje estão na coalizão governista, como o DEM. Seu plano é ter um vice do partido, como o atual ministro da Educação, Mendonça Filho, e apoiar a reeleição de Maia ao comando da Câmara, em 2019. O pacote também incluiria a adesão do PSDB a palanques do DEM em outros Estados, como Rio e Bahia. As informações são do Estadão