PF faz operação de combate ao comércio ilegal de armas na Bahia; policial participava de esquema

Organização usava loja de armas para vender. Foto: PF
Organização usava loja de armas para venda ilegal. Foto: PF

Uma operação para desarticular organização criminosa voltada ao comércio ilegal de armas de fogo na Bahia foi deflagrada nesta terça-feira (8/11) pela Polícia Federal. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em Salvador, Feira de Santana e Serrinha. Segundo a investigação, o grupo fraudava processos administrativos de aquisição e registro de armas de fogo da própria Polícia Federal, com o objetivo de ”esquentar” as suas vendas ilegais. Para isso, a organização tinha o apoio  de uma loja de armas legalmente constituída, além de despachantes, instrutores de tiro e servidores públicos, inclusive da própria polícia. A loja de armas tinha sede em Feira de Santana e em 1 ano vendeu  50 armas de fogo (pistolas calibre 380) sem autorização da PF. Durante o período de investigação, apenas sete pistolas calibres 380 vendidas ilegalmente foram recuperadas. Segundo a polícia, os detentores das outras armas já foram identificados. A Justiça Federal determinou a suspensão do exercício da função pública dos servidores públicos envolvidos no esquema e a suspensão das atividades econômicas tanto da loja quanto de um instrutor de tiro que fornecia comprovantes falsos de capacidade técnica para manuseio de arma de fogo para pessoas que não realizavam os testes necessários. Os envolvidos no esquema vão responder por organização criminosa (art. 2º, § 4º, II da Lei 12.850/2013), comércio ilegal de arma de fogo (art. 17 da Lei 10.826/2003), posse irregular de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei m 10.826/2003), inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do CPB) e falsidade ideológica (art. 299 do CPB). As penas somadas  podem chegar a mais de 30 anos de prisão. Informações do Correio