Para Dilma Rousseff, eleição indireta no Brasil seria um ”golpe dentro do golpe”

Dilma comenta situação política. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma comenta situação política. Foto: Roberto Stuckert Filho

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse na quinta-feira (22/12), em Buenos Aires, que, caso o presidente Michel Temer (PMDB) seja afastado do cargo ou renuncie depois de 31 de dezembro e isso cause a necessidade de uma eleição indireta, via Congresso, haveria ”um golpe dentro do golpe”. E acrescentou: ”Com o golpe de 1964 ocorreu algo parecido, ele só se concretizou mesmo em 13 de dezembro de 1968 [data do Ato Institucional-5, que endureceu o regime]. Também agora estamos vendo um longo processo de golpes, que começaram com a minha saída por meio de um impeachment fraudulento. ”A ex-mandatária classificou o processo que vive o Brasil como um ”ataque de fungos e parasitas que está corroendo nossa democracia.” Dilma participou de um evento organizado pela CLACSO (Conselho Latino-americano de Ciências Sociais), muito concorrido por um público de estudantes, militantes de movimentos sociais e políticos ligados à ex-presidente argentina Cristina Kirchner. Festejada pelos funcionários do governo Kirchner, Dilma retribuiu sempre sorridente.