Pré-candidato à reeleição, em sua última entrevista na condição de prefeito, Giuliano Martinelli (PP) fez balanço dos três anos e seis meses de sua gestão nesta sexta-feira (1/6) durante entrevista a Rádio Povo AM, tendo enfatizado que, ao assumir a Prefeitura de Jaguaquara só encontrou problemas e que apesar das dificuldades conseguiu pautar a gestão baseada na honestidade. ”Graças a Deus, nós conseguimos pautar a gestão pública baseada na honestidade e na sinceridade, isso é um marco hoje para o município de Jaguaquara. Nós conseguimos provar para a população que existe como você ser gestor e não precisar se apoderar de dinheiro público, que existe como você ser prefeito e não precisar pegar no dinheiro do povo. Rico nunca fui, tenho uma família maravilhosa e o pouco que nós temos dar tranquilamente para sobrevivermos para o resto de nossas vidas”, profetizou Martinelli. O mandatário ressaltou que, na condição de gestor, fez tudo o que pode fazer pela cidade. Engenheiro agrônomo de formação, e produtor rural, o prefeito afirmou que saiu da iniciativa privada para assumir o maior município do Vale do Jiquiriçá com inúmeros problemas administrativos e políticos. ”O que eu quero deixar bem claro hoje, deixar a população tranquilizada, é que eu estou aprendendo a ser prefeito de Jaguaquara”. Apesar de falar de problemas herdados da gestão anterior, Giuliano revelou que tem se articulado para selar a paz com o seu antecessor, o ex-gestor Ademir Moreira (PSDC), que foi o seu padrinho e apoiador na disputa sucessória de 2012 e que também se apresenta como postulante ao cargo de chefe do Executivo. ”Ademir é meu padrinho político, maior político de Jaguaquara e até o considero como o maior político da região. Ademir tem no seu currículo 24 anos de vida pública, estou lutando por essa união. É uma pessoa que também pleiteia ser candidato. Respeito à opção dele e brinco muitas vezes quando eu falo; broco, não eram oito anos?”, revela Giuliano, dando mostras de que o acordo selado em 2012 foi para duas candidaturas consecutivas. Ainda nos elogios a Ademir, Martinelli disse que não existe divisão entre seus correligionários e os do ex-mandatário e que o seu grupo e o de Moreira é um só. Martinelli foi indagado pelo apresentador José Carlos a cerca das especulações sobre corrida pela vaga de vice-prefeito e suscitou interpretações no sentido de que o médico e presidente da Câmara Municipal, Élio Boa Sorte (PP), é um dos nomes cotados, mesmo com a declaração de Boa Sorte na última quarta-feira, na mesma emissora, de que não aceitará compor a chapa e que estar decidido pela pré-candidatura de vereador. O prefeito tratou, no entanto, de assegurar que existem vários nomes em sua base, revelando a possibilidade do atual vice, Raimundo Louzado (PR), pré-candidato a vereador, voltar a ocupar a vaga na chapa majoritária.

Com a desistência do prefeito Zé Afrânio (PCdoB) de disputar à reeleição em Santa Inês, decisão tomada e anunciada nesta quinta-feira (30/6) com exclusividade pelo Blog Marcos Frahm, sob alegação de dificuldades financeiras enfrentadas pelo município, o comerciante do ramo farmacêutico e pecuarista René Rocha Rotondano, que já teria revelado pré-candidatura a Prefeitura pelo PMDB, em entrevista concedida ao BMF em maio [relembre leia aqui], viabiliza de vez seu nome como uma das alternativas do eleitorado local na disputa pela Prefeitura. Com a decisão de Afrânio, a pré-candidatura de René dar mostra de que ganha musculatura. Num rápido contato com o Blog Marcos Frahm, nesta quinta, Rotondano ao ser indagado sobre a desistência do prefeito disse reconhecer a atitude como responsável, diante do cenário político e das dificuldades alegadas por Zé. Sem apresentar se quer um nome para lhe representar na sucessão, Afrânio ainda não declarou de que forma irá se posicionar no pleito. Nos meios políticos de Santa Inês, já surgem rumores de que uma aliança poderia acontecer entre o PMDB de René e o PCdoB de Zé, mas ambos não confirmam. Já o adversário do peemedebista deve sair do grupo do PT local, que também deverá apresentar candidatura própria.

Com a aproximação do período de realização das convenções partidárias, as articulações políticas são intensificadas em Jaguaquara. E a novela em torno de quem o médico e pré-candidato da oposição Osvaldo escolheria para ser o vice na chapa majoritária chegou ao fim, confirmando os primeiros capítulos. Em contato com o Blog Marcos Frahm, nesta quinta-feira (30/6), Osvaldo Cruz revelou que já bateu o martelo e escolheu o vereador Zeca de Legais, filiado a sua mesma legenda partidária, PSB, para uma chapa puro-sangue na disputa pela Prefeitura.  A escolha de seu vice não se deu de forma surpreendente e já era esperada pelos seus correligionários – Legais já era cotado para ocupar a vaga. Entretanto, nos meios políticos, pairava dúvida e os burburinhos davam conta de que, Osvaldo, mesmo tendo antecipado que seria Legais o vice, poderia mudar e optar por outro nome, mas o médico e ex-prefeito afirma ter selado aliança com Zeca ainda em 2015. O vereador, que integrava a base do prefeito e também pré-candidato Giuliano Martinelli (PP) na Câmara, declarou ruptura com o atual chefe do Executivo e pediu desfiliação do Partido Progressista para ingressar no PSB de Osvaldo, com quem mantém amizade desde a década de 80, quando Cruz exerceu o seu primeiro mandato de gestor em Jaguaquara, eleito na ocasião pelo PT.

O cenário de pré-candidaturas para a disputa ao executivo municipal de Jequié, Médio Rio de Contas, segue indefinido até poucos meses antes da disputa eleitoral. De acordo com o primeiro secretário do PSB, Rodrigo Hita, o atual prefeito interino Sergio da Gameleira é pré-candidato, mas ainda é necessário serem verificadas alianças no cenário local para firmar a candidatura. ”Não existem outros nomes para pré-candidatura. Até por ser o atual prefeito, uma candidatura de Sergio seria o passo mais natural”, explica. O político afirma que uma possível aliança com o PSD pode acontecer, e que os termos dessa parceria estão sendo discutidos entre o próprio Gameleira e o possível pré-candidato da outra legenda, o deputado federal Antônio Brito. ”Antônio Britto é uma liderança forte na região”, admitiu. Em entrevista ao Bahia Notícias, Gameleira explicou que um grupo de oposição que se formou contra a gestão da prefeita afastada Tânia Britto (PP) está agora se articulando para definir através de uma série de critérios, como tempo de propaganda eleitoral, por exemplo, qual seria a melhor formação para uma chapa. Além dele e de Brito, esse grupo também é composto por nomes como o do presidente do diretório municipal do PTC, Paulo Vasconcelos, e do pré-candidato pelo PV, Doutor Fernando (que disputou a prefeitura em 2012 e acabou em terceiro lugar). Gameleira garante que a definição para chapa deve sair até final do mês de julho e início do mês de agosto – prazo limite para registros na Justiça Eleitoral. ”Nessa semana nós vamos definir maiores detalhes sobre os termos dessas parcerias”, afirmou Gameleira, enquanto acrescentou que tem buscado apoio com bases do PMDB para garantir um elo com o atual governo federal. A reportagem tentou contato com o deputado Antônio Britto, mas não teve sucesso até a publicação dessa matéria. Outras potenciais pré-candidaturas apuradas pelo Bahia Notícias, com a ajuda do jornalista Marcos Frahm, do ‘‘Blog Marcos Frahm”, foram as de Euclides Fernandes (PSL), Eduardo Barbosa (PP) (assessor parlamentar do deputado Roberto Britto), Alexandre Yosseff (PR) (cunhado de Antônio Brito) e do empresário Yan Almeida ”da Petyan” (PTB). * Por mais Marcos Maia / Bahia Notícias