Os problemas relacionados à saúde pública em Jaguaquara estiveram no cerne do debate entre os postulantes ao cargo de prefeito do município, promovido pela Rádio Povo AM. O debate mediado pelo radialista José Carlos começou com os candidatos respondendo perguntas elaboradas pela produção da emissora e pelos ouvintes através de mensagens de adio via WhatsApp, após sorteio. Mas o debate também foi marcado por troca de farpas e alfinetadas entre os participantes, com intensificação de críticas a atual gestai pública municipal, direcionadas ao candidato à reeleição do PP, o prefeito Giuliano Martinelli. O candidato Osvaldo Cruz, do PSB, ex-prefeito de Jaguaquara, disse que, em sua gestão, o Hospital Municipal de Jaguaquara – HMJ, que antes era unidade de responsabilidade do Governo do Estado e foi municipalizada, funcionou bem, mesmo sendo gerida pelo município, e que na gestão atual está um caos. ”Jaguaquara precisa de um prefeito que tem compromisso, que sabe o que quer e que olhe para o povo com carinho, não um prefeito que só faz conversar. Como é que está o hospital? Será que está bem?”, perguntou Osvaldo, sem questionar diretamente Martinelli e disse ainda que a saúde pública de Jaguaquara depende de vereadores, que transportam com ambulâncias particulares pacientes da cidade para a Santa Casa de Valença, onde o candidato atua como médico, para realização de cirurgias porque o Hospital de Jaguaquara vive um caos e não opera. ”O hospital está acabado, era um hospital bom. Quem faz saúde em Jaguaquara é o vereador com sua própria ambulância. A maternidade que era do pobre ficou para o rico, lá só se pagar. O hospital era muito bom, meu filho nasceu nesse hospital. O prefeito não fez nada, só prometer, prometer e prometer. Por questões políticas, ele perdeu a oportunidade de passar o hospital para o Hospital Português e deixou como está. Isso não é política pública, não é política de saúde, pois além do hospital, os PSFs precisam funcionar adequadamente, com equipe humanizada”. O candidato do PPS, Ivanildo Pirôpo, seguiu a mesma linha e afirmou que a situação do hospital público local é vergonhosa. Giuliano rebateu elogiando a direção do HMJ e enfatizando reformas realizadas em seu governo nos postos de saúde, e que ”o hospital não é um caos. Apesar de todas as dificuldades, nós realizamos mais de 70 mil atendimentos anuais. Não funciona da maneira que deveria, que eu queria, mas a saúde não é um problema apenas municipal, é um problema estadual e federal”, respondeu Giuliano, tendo classificado como irresponsável a atitude do ex-prefeito Valdemiro Alves de municipalizar o hospital e afirmou que entregará em breve a Unidade de Pronto Atendimento – UPA do distrito Stela Dubois, onde estão sendo realizadas cirurgias eletivas pela Secretaria Estadual de Saúde – Sesab.

O candidato a vice-prefeito da chapa liderada em Jequié por Tadeu Cafezeiro (PDT), Pé Roxo (PT), contestou a pesquisa Tecnodados, divulgada em rede social na cidade neste domingo (25/9). O levantamento aponta Sergio da Gameleira com 49,5% das intenções de voto, seguido por Dr. Fernando (PV), com 21,67% e por Tadeu Cafezeiro, com 9,5%. Eduardo Barbosa (PP) soma 3,33% das intenções de voto, Marcos Ferreira (PSol) tem 2,33% e Paulo Vasconcelos (PTC) aparece com 1%. Em vídeo publicado no Facebook, o vereador Pé Roxo e candidato a vice de Tadeu disse que os eleitores não se enganam com pesquisa. ”Não ficam pensando que o povo de hoje é aquele povo que se enganava com pesquisa não, principalmente com pesquisa mentirosa”, desabafou.

Candidato a reeleição à prefeitura de Ibirataia, Marcos Aurélio (PP) afirma que o grupo que o hostilizou durante uma visita a uma feira livre do município seria contratado pelo bloco de oposição. No sábado (24/9), o progressista foi expulso do local com gritos de ”Fora Saruê”, segundo o site Bahia Notícias. ”Todos somos sabedores que a eleição no interior acirra os ânimos das pessoas e os impulsionam a utilizarem de várias ferramentas, por vezes ilícitas e sem fundamentos”, afirma a campanha de Marcos Aurélio, em nota. ”O fato ocorrido não passou de uma ação orquestrada pela oposição onde podemos visualizar claramente, seguidores do outro grupo político utilizando-se de vestimentas na cor verde (cor da campanha da oposição)”, acrescenta o comunicado. Das duas concorrentes no pleito, Aniela Sales (PHS) e Ana Cleia (PSD), a segunda tem o verde como cor predominante em suas peças de propaganda.

Depois de quase 20 anos no Partido Socialista Brasileiro (PSB), a senadora Lídice da Mata está avaliando uma mudança em sua carreira política. Segundo informações publicadas nesta segunda-feira (26/9) no site Varela Notícias, Lídice estuda deixar o PSB nos próximos meses e ingressar em outra legenda. O destino da senadora ainda não está definido, mas há grande possibilidade dela ingressar no PSOL (Partido Socialismo e Liberdade). A possível saída de Lídice do PSB vem sendo ventilada nos bastidores da política baiana desde que a ex-prefeita de Salvador se colocou contra o seu partido durante todo o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Presidente da legenda na Bahia, Lídice deixou claro seu descontentamento no partido em abril deste ano, quando se colocou contra a nota divulgada pela Executiva Nacional do PSB, orientando o partido a apoiar o impedimento de Dilma. A possível ida para o PSOL se dá justamente em um momento que o partido está fortalecido no Congresso, após ações contra Eduardo Cunha (PMDB). A força do PSOL pode se tornar ainda mais evidente se o candidato Marcelo Freixo (PSOL) chegar ao segundo turno na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro, como apontam as pesquisas. O ponto negativo, no entanto, seria a dificuldade que Lídice teria para se candidatar novamente ao Senado com o apoio do PT de Rui Costa e Jaques Wagner, em 2018. Caso confirmada, esta será a terceira mudança entre os senadores eleitos da Bahia em 2010. Isso porque Walter Pinheiro, licenciado de seu cargo, também deixou o seu partido, o PT. O destino do secretário de Educação da Bahia, no entanto, ainda é mistério. Procurada, a assessoria de imprensa de Lídice negou a informação ”veemente” e disse que ”o assunto não está em pauta”.

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, determinou o bloqueio de até R$ 128 milhões das contas bancárias do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci. O mesmo valor foi bloqueado também das contas do assessor do ex-ministro, Branislav Kontic, e do ex-secretário da Casa Civil Juscelino Dourado. Os três foram presos temporariamente hoje (26) na 35ª fase da operação. O bloqueio também atinge as empresas Projeto Consultoria Empresarial e Financeira e J&F Assessoria. No despacho, Moro diz que há provas de que Palocci era o responsável por receber recursos da Odebrecht e coordenar o repasse a seu grupo político. ”Surgiram provas, em cognição sumária, de que ele [Palocci] recebia e era responsável pela coordenação dos recebimentos por parte de seu grupo político de pagamentos sub-reptícios (obtidos de forma ilícita) pelo Grupo Odebrecht.”. Em entrevista coletiva para detalhar a operação nesta manhã, a procuradora da República Laura Gonçalves Tessler disse que a empreiteira Odebrecht repassou R$ 128 milhões a uma conta que seria gerida por Palocci. Segundo ela, o ex-ministro da Fazenda teve atuação ”intensa e reiterada” na defesa de interesses da Odebrecht junto a administração pública federal em troca de vantagens indevidas. As ações de hoje foram baseadas na análise de materiais apreendidos em outras fases da Lava Jato, entre eles planilhas que indicam os pagamentos realizados pela construtora. No despacho, Moro diz que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal pediram o ”sequestro de ativos mantidos pelos investigados em suas contas-correntes”. Para o juiz federal, o bloqueio dos ativos dos investigados ”em relação aos quais há prova, em cognição sumária, de recebimento de propina”, é viável. ”Não importa se tais valores, nas contas bancárias, foram misturados com valores de procedência lícita. O sequestro e confisco podem atingir tais ativos até o montante dos ganhos ilícitos”, justificou o juiz no despacho.”Observo que a medida ora determinada apenas gera o bloqueio do saldo do dia constante nas contas ou nos investimentos, não impedindo, portanto, continuidade das atividades das empresas ou entidades, considerando aquelas que eventualmente exerçam atividade econômica real. No caso das pessoas físicas, caso haja bloqueio de valores atinentes a salários, promoverei, mediante requerimento, a liberação”, acrescentou o juiz. Com informações da Agência Brasil