Feira de Santana: Empresário é solto após ameaçar mulher se ela não fizesse sexo com ele

Fernando Alves Sousa Coelho é liberado. Foto: Rede social

O empresário Fernando Alves Sousa Coelho, de 34 anos, que foi preso por ter ameaçado divulgar fotos íntimas de uma mulher em Feira de Santana, caso ela não fizesse sexo com ele, que foi liberado da delegacia nesta quarta-feira (24) após realização de audiência de custódia. Ele vai responder ao processo em liberdade. O advogado do suspeito, Rosimário Carvalho, disse que o cliente não precisou pagar fiança para deixar a cadeia, mas terá que cumprir restrições impostas pela Justiça, como manter distância da vítima (distância de no mínimo 200 metros) e não poder manter qualquer tipo de contato com ela. Ele também é obrigado a comparecer em juízo quando convocado e não poder se ausentar da cidade de Feira de Santana sem autorização por mais de oito dias. O empresário ainda terá de ficar em recolhimento domiciliar entre 20h e 6h.

Imagens do celular da mulher que foi chantageada mostram as ameaças do empresário contra a vítima. O suspeito se nega a ceder aos pedidos da cliente para não divulgar as fotos e pressiona a mulher. ”Melhor você ficar na sua. Tá conversando demais”, diz um trecho da ameaça. ”Quero e acabou. Vou e você sabe disso”, aponta outra parte. A todo o momento, a vítima relata o medo de ter as fotos divulgadas. ”Espero que não faça nenhuma besteira. Não precisa você postar nada em grupo não, porque eu vou sair com você, porque você está me chantageando para transar com você”. O empresário teve acesso às ”nudes” após a mulher trocar de celular na loja dele. O suspeito entrou em contato com a vítima por meio do WhatsApp, falou sobre as fotos e passou a ameaçar divulgar as imagens nas redes sociais, caso a mulher não fizesse o que ele queria. Segundo a polícia, a troca de celulares ocorreu no dia 13 de outubro, e as chantagens começaram dois dias depois. As negociações entre a vítima e o suspeito duraram cerca de uma semana. Foi o período em que ela tentou convencê-lo a apagar as fotos, sem sucesso. ”Primeiro, ele me chamou para sair: ‘Vamos sair’. E eu falei: ‘Eu não vou sair com você, porque você tem namorada’. Aí ele: ‘Largue de besteira, eu sei de muita coisa sua’. Aí eu falei: ‘Prove’. E ele começou a me mandar foto, começou a mandar conversa de WhatsApp, vídeos meus com amigas minhas. Aí, ele começou com as ameaças: ”Se você não ficar comigo, partiu grupo”, destacou a vítima, que é mãe de uma adolescente de 15 anos.

Mulher presta depoimento na Delegacia de Feira. Foto: TV Subaé

Como não conseguiu acordo com o suspeito, a mulher aceitou ir para um motel com ele. No motel, o homem tentou estuprá-la, e ela acionou a polícia. O empresário foi preso em flagrante. O celular do suspeito com as conversas ameaçando a vítima já está com a polícia. A delegada que investiga o caso, Edileuza Suely Cardoso Ramos, titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), disse que o suspeito confessou o crime e disse estar arrependido após ser preso. Ele foi foi autuado por violação sexual mediante ameaça. ”Alegou que não fez intecionalmente a busca pelos dados. Apenas quando foi alterar a senha do novo Iphone adquirido na loja dele, foi feito imediatamente um backup para o computador. Então, quando ele acessou o computador e de posse desses dados, ele começou a chantagear a vítima”, afirmou à delegada. Com informações do G1

ACM Neto critica fala de filho de Bolsonaro sobre fechar o STF: ”Ninguém pode concordar com isso”

ACM critica filho de Bolsonaro. Foto: Matheus Morais/bahia.ba

O prefeito ACM Neto (DEM), que anunciou apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno da corrida presidencial, afirmou não concordar com as recentes declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do capitão da reserva, de que bastariam um soldado e um cabo para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF). ”Ninguém pode concordar com isso. São declarações que precisam ser vistas com muita cautela. Não podem ser, de maneira alguma, a tônica do pensamento do futuro governo. E o próprio Jair Bolsonaro já foi a público dizer que não é o pensamento dele, que ele não concorda com isso, tá certo? Que desautoriza qualquer colocação nesse sentido”, declarou o prefeito de Salvador na manhã desta quarta (24), ao ser questionado pelo site bahia.ba em evento de apresentação do plano de concessão do Centro de Convenções a ser gerido pela administração municipal. Dizendo-se vítima das chamadas fake news, o chefe do Palácio Thomé de Souza aproveitou para culpar o PT pela disseminação de boatos nas redes sociais. ”Alimenta-se coisas. Antes de chegar aqui, eu recebi um vídeo no WhatsApp, editado, de uma entrevista que eu dei. Editaram colocações minhas de um vídeo no primeiro turno e espalharam. Isso é coisa do PT”, atribuiu Neto.

Rui reage a vídeo de Bolsonaro em que considera baianos preguiçosos: ”Respeite os baianos”

Rui diz que fala de Jair foi preconceituosa. Foto: Divulgação

Na manhã desta quarta-feira (24), o governador Rui Costa, reeleito com 75% dos votos dos baianos, reagiu às declarações preconceituosas do candidato do PSL à presidência, Jair Bolsonaro. Em vídeo gravado dentro de um carro ao lado de familiares, Bolsonaro diz que seria vantajoso comprar carro na Bahia porque já vem com o freio de mão puxado, deixando claro que considera os baianos preguiçosos. O vídeo foi publicado no Facebook do governador, que respondeu: “Respeite os baianos, candidato. Lamentável o comentário do candidato Jair Bolsonaro sobre a Bahia e os baianos. Aqui, com muito raça foi consolidada a independência do Brasil e o povo gritou: “Com tiranos não combinam brasileiros corações”. Nosso estado é pobre mas é de gente trabalhadora no campo e na cidade. Aqui se trabalha muito para sobreviver com dignidade. Baianas e baianos desprezam, candidato, sua fala preconceituosa e estarão sempre a postos para responder a quem quer que seja que tente desrespeitar a Bahia. Nosso Estado é de paz, é criativo, é de todas as crenças e credos. Chega de preconceito, de racismo, de Ódio e Violência. Somos um Povo só: O Povo Brasileiro”, escreveu na rede social.

Eduardo Bolsonaro fala em ”ruptura mais dolorosa” do que mudar composição do STF

Eduardo desqualificou ministros do STF. Foto: Estadão

O deputado reeleito nas eleições 2018 Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do candidato do partido a presidente da República, Jair Bolsonaro, criticou e desqualificou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em julho, durante uma audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara. No discurso, registrado pela TV Câmara e disponível na internet, o deputado aborda a possibilidade de uma ruptura mais dolorosa do que alterar a composição do tribunal – uma ideia citada pelo pai em campanha – e diz duvidar que manifestantes possam vir a defender a volta de ministros da Corte. O deputado diz no pronunciamento que apoia a ideia do pai, que ele dizia ser “superficial” à época e “não analisada ainda”, de mudar a composição do STF, aumentando o número de integrantes da Corte de 11 para 21 “para equilibrar o jogo”. “Com esse STF, caso o próximo presidente venha a tomar medidas e aprovar projetos que sejam contrárias ao gosto desse STF, eles vão declarar inconstitucional. E aqui a gente não vai se dobrar a eles, não. Quero ver alguém reclamar quando estiver num momento de ruptura mais doloroso do que colocar dez ministros a mais na Suprema Corte… Se esse momento chegar, quero ver quem vai para a rua fazer manifestação pelo STF, dizer ‘ministro X, volta, ministro X, estamos com saudades”, discursou. Ao falar na comissão, Eduardo Bolsonaro defendia a volta do voto em cédulas de papel. Ele passou criticar a não implantação do recibo do voto nas eleições 2018. A campanha de Bolsonaro tem reiterado acusações de fraude nas urnas eletrônicas, ainda que não tenha comprovação. O filho do presidenciável afirmou: “A gente fica com mais suspeita e mais desconfiança ainda, quando a gente vê a energia gasta até pela Suprema Corte e pela procuradora-geral da República em argumentos bizarros, argumentos pífios para querer acabar com o voto impresso, uma lei que nós votamos aqui e que teve 424 deputados. Serviria para mudar a Constituição, para ser uma PEC (proposta de emenda à Constituição, que precisa de 308 votos). Aí a gente vê ministro ligando para deputado para, no momento da votação, mudar o voto impresso, argumento bizarro da procuradora-geral da República, argumento mais bizarro desenvolvido por ministro do STF.” Ele acrescentou que faz críticas constantes ao Supremo em textos que publica na internet. Disse, por exemplo, que já abordou as interpretações de ministros sobre a lei do aborto, que esteve em debate na Corte. “Fica ao gosto deles, não se analisa mais a constitucionalidade. É por isso que o povo brasileiro está quebrando a cabeça para ver como muda isso. Eu tive várias ideias. (…) Mudar o nome de Suprema Corte. A gente brinca aqui dizendo que o juiz acha que tem o rei na barriga, e que o ministro da Suprema Corte tem a certeza que tem o rei na barriga.” Bolsonaro afirma que o Tribunal declara como inconstitucional projetos de lei com que não concorda. “Tudo o que a gente faz aqui tem que ser referendado pelo STF. Estão gastando dinheiro com meu salário, meus assessores. Para quê gastar? Deixa os 11 lá”, desabafa o deputado. No fim de semana, veio a público uma vídeo-aula em que o deputado, que é do quadro da Polícia Federal, afirma que para fechar o STF não precisa nem mandar um jipe, “basta um cabo e um soldado”. Ele também afirma, na gravação feita para um cursinho de concursos públicos, que não haveria protestos de rua em defesa de ministros do Supremo, caso eles fossem presos. O presidenciável disse ter repreendido o filho após a repercussão negativa, principalmente, na comunidade jurídica.

Aplicativo WhatsApp teve efeito limitado no 1º turno das eleições, diz pesquisa do Ibope

A primeira pesquisa eleitoral com perguntas específicas sobre o possível efeito de campanhas negativas pelo WhatsApp nos resultados do primeiro turno da eleição presidencial indica um impacto limitado. O levantamento revela ainda que críticas e ataques disseminados pelo aplicativo podem ter afetado na mesma proporção tanto Jair Bolsonaro (PSL) quanto Fernando Haddad (PT). Três em cada quatro eleitores ouvidos pela pesquisa Ibope/Estado/TV Globo disseram não ter recebido mensagens desfavoráveis a algum candidato à Presidência na semana que antecedeu o primeiro turno. Já as respostas dos expostos a propagandas negativas não indicam que um dos classificados ao segundo turno tenha sido mais afetado do que o outro. Questionados sobre críticas ou ataques a candidatos via WhatsApp no período, 73% disseram não ter recebido. Conteúdo contra Haddad apareceu nas telas dos celulares de 18% – mesmo porcentual no caso de Bolsonaro. Outros 14% citaram os demais candidatos. A soma das taxas excede 100% porque era possível citar mais de um nome. Mesmo entre os 25% de eleitores que afirmaram ter recebido críticas ou ataques, o impacto das mensagens parece ter sido limitado. O Ibope perguntou somente a quem viu propaganda no WhatsApp se o conteúdo ajudou ou não a decidir o voto. Nesse caso, 75% disseram não, e 24%, sim. Em relação ao universo total da pesquisa, os que receberam campanha negativa pelo aplicativo e admitiram que isso influenciou seu voto são apenas 6%. Tomando em consideração apenas essa pequena parcela que admite tanto exposição à campanha negativa quanto influência disso no voto, 39% afirmaram ter votado em Bolsonaro no primeiro turno, 35% em Haddad e 24% em outros candidatos, em branco ou nulo. Os resultados da pesquisa enfraquecem a tese de que o WhatsApp tenha sido decisivo para que Bolsonaro ficasse à frente no primeiro turno, mas eles não permitem conclusões definitivas. Segundo Marcia Cavallari, diretora-executiva do Ibope, é possível que muitos eleitores tenham dado respostas mais convenientes para preservar a própria imagem. Também há o fator memória: muitos não são capazes de responder com precisão sobre o que aconteceu há três semanas. Não houve avaliação do impacto de conteúdo favorável aos candidatos. Na parcela que admitiu ter recebido conteúdo negativo relacionado a candidatos, o Ibope procurou avaliar se os eleitores checaram a veracidade das informações. Nesse caso, 56% disseram que sim, contra 44% que afirmam não ter checado. Também neste item, segundo Marcia Cavallari, o efeito “politicamente correto” pode ter pesado: é comum que entrevistados evitem dar respostas que revelem más práticas ou fraquezas. Entre os eleitores com idade entre 16 e 24 anos, 30% admitiram ter sido expostos a algum conteúdo crítico. Na faixa com 55 anos ou mais, a taxa foi de apenas 15%. Entre os que cursaram até a quarta série do ensino fundamental, apenas 8% dos eleitores admitiram ter recebido ataques ou críticas contra candidatos pelo WhatsApp. Entre quem tem curso superior, essa taxa chega a 44%. O Ibope ouviu 3.010 eleitores de 21 a 23 de outubro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O registro na Justiça Eleitoral foi feito sob o protocolo BR‐07272/2018.

Assembleia Legislativa da Bahia aprova entrega da Comenda 2 de Julho para Joaquim Barbosa

Joaquim Barbosa será homenageado na Bahia. Foto: Reprodução

A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) aprovou em sessão realizada nesta terça-feira (23) a entrega da Comenda 2 de Julho, maior honraria oferecida pela Casa, para Joaquim Barbosa. A proposta foi feita pelo deputado estadual Luciano Simões (DEM). Ainda não há previsão de quando a homenagem deve ser feita.

Nem ditadura fechou o STF, diz o ministro Gilmar Mendes sobre fala de filho de Bolsonaro

Gilmar rebate o filho de Jair. Foto: Nelson Jr. / ASCOM / TSE

As declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), de que bastariam um soldado e um cabo para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal) continuaram a repercutir na corte nesta terça-feira (23). Perguntado por jornalistas, o ministro Gilmar Mendes disse que a manifestação é imprópria e que nem a ditadura militar fechou o STF. ”Ali se fala que com um cabo e um soldado fecha o tribunal. Quando se faz isso, você já fechou alguma coisa mais importante, que é a própria Constituição. É bom lembrar que nem os militares fecharam o Supremo Tribunal Federal. Houve cassação de mandatos de três ministros em 1969, mas não houve fechamento de tribunal, de modo que esse tipo de referência é absolutamente impróprio, inadequado, precisa ser repudiado e acho que o país tem que voltar a respirar ares democráticos, independente de resultado eleitoral”, disse Gilmar. O vídeo de Eduardo Bolsonaro foi gravado em julho, durante uma aula em um cursinho no Paraná, mas só chamou a atenção no último fim de semana. O decano do STF, Celso de Mello, emitiu nota ainda no domingo (21) afirmando que a declaração é ”golpista”. O presidente da corte, Dias Toffoli, afirmou, também em nota, que atacar o Judiciário é atacar a democracia. Nesta terça, Gilmar disse que as Forças Armadas servem ao país, e não a um ou outro partido. ”As instituições têm que zelar para que não haja esse acirramento de ânimo. A própria referência a um cabo e um soldado é imprópria, porque as Forças Armadas são instituição do Brasil, do Estado, não de um partido político”, declarou. ”Quando se diz ‘Nós vamos usar um cabo e um soldado’, na verdade está se usando as Forças Armadas como milícia, como polícia. Isso não é próprio. As Forças Armadas são um esteio do sistema hoje. É preciso que esses conceitos sejam clarificados”, concluiu. Gilmar, que foi citado ironicamente por Eduardo Bolsonaro no mesmo vídeo, não quis comentar a menção a seu nome. Nesta segunda (22), o candidato Jair Bolsonaro desautorizou seu filho e, por meio de uma carta endereçada a Celso de Mello, pediu desculpas. Também nesta terça, ao chegar para a sessão da Primeira Turma do STF, da qual faz parte, o ministro Marco Aurélio voltou a criticar as declarações do deputado eleito. “Preocupa. Acho que a ponderação é indispensável, e saber conviver com ideias diferentes”, disse.

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A cinco dias da eleição presidencial, Bolsonaro tem 57% dos votos válidos e Haddad, 43%

Os candidatos Bolsonaro e Fernando Haddad. Foto: Reprodução

A cinco dias da eleição presidencial, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, tem 57% das intenções de voto, contra 43% de Fernando Haddad (PT), segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta terça-feira, 23. Desde o último dia 15, Bolsonaro oscilou dois pontos porcentuais para baixo (tinha 59%), e Haddad oscilou dois para cima (tinha 41%). As duas variações estão dentro da margem de erro. A vantagem do candidato do PSL passou de 18 para 14 pontos porcentuais. Os números consideram apenas os votos válidos, ou seja, excluem os nulos, brancos e indecisos. Levando em conta o eleitorado total, a taxa de Bolsonaro passou de 52% para 50%, enquanto a preferência por Haddad se manteve estável em 37%. Há ainda 10% dispostos a anular ou votar em branco, e 3% que não souberam responder. Na pesquisa espontânea, na qual os eleitores indicam sua opção antes de receber um disco de papel com os nomes dos candidatos, Bolsonaro lidera por 42% a 33%. Na pesquisa anterior, o placar era de 47% a 31% – ou seja, a vantagem caiu de 16 pontos para 9. No primeiro turno da eleição presidencial, realizado no dia 7, o candidato do PSL ficou à frente do principal adversário por 46% a 29%. O Ibope ouviu 3.010 eleitores nos dias 21 a 23 de outubro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O registro na Justiça Eleitoral foi feito sob o protocolo BR‐07272/2018. Os contratantes foram o Estado e a TV Globo.

Rejeição entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro está quase igual, revela pesquisa Ibope

Se na pesquisa sobre as intenções de voto quase não houve mudança nos votos válidos para Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, o mesmo não pode se dizer sobre a rejeição. Sondagem do Ibope/Estado/TV Globo mostra que a rejeição ao candidato do PSL aumentou cinco pontos, chegando aos 40%. Já a do petista caiu seis pontos e está em 41%. A quantidade de eleitores convictos também sofreu alterações. A porcentagem de convictos no voto em Bolsonaro caiu de 41% para 37%. O porcentual de intenção de voto convicto no petista, por sua vez, aumentou de 28% para 31%. O Ibope ouviu 3.010 eleitores nos dias 21 a 23 de outubro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O registro na Justiça Eleitoral foi feito sob o protocolo BR‐07272/2018. As informações são do BR18, blog de política do Estadão.

PGR pede a Jungmann investigação sobre coronel do Exército que ameaçou Rosa Weber

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou nesta terça-feira (23) ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que a Polícia Federal instaure um inquérito policial para apurar a conduta do coronel da reserva do Exército Carlos Alves, que em vídeo publicado nas redes sociais fez ameaças e ofensas à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber. A medida foi tomada depois de a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) solicitar que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apure o caso. Mais cedo, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, também pediu ao Ministério Público Militar que investigue o vídeo, em que a ministra é chamada de “salafrária”, “corrupta” e “incompetente”. Para Raquel Dodge, a manifestação do coronel “contém graves ofensas à honra da ministra Rosa Weber, imputando-lhe tanto fatos definidos, em tese, quanto conduta criminosa, além de difamar-lhe a reputação, mediante imputação de fatos extremamente ofensivos, e de ofender-lhe a dignidade e o decoro”. A procuradora diz que também há manifestações no vídeo que podem ser consideradas crime contra a honra do ministro Ricardo Lewandowski, “mediante falsa imputação de conduta criminosa e de fato ofensivo à sua reputação”. Raquel Dodge pede que o inquérito policial apure se houve os crimes de calúnia, difamação, injúria e ameaça. No vídeo, o coronel Carlos Alves diz: “Olha aqui, Rosa Weber, não te atreve a ousar aceitar essa afronta contra o povo brasileiro, essa prova indecente do PT de querer tirar Bolsonaro do pleito eleitoral, acusando-o de desonestidade, de ser cúmplice numa campanha criminosa fraudulenta com o WhatsApp para promover notícias falsas”, avisa o autor do vídeo, em relação a uma ação que tramita no TSE para investigar o suposto disparo em massa de mensagens contra o PT. Dirigindo-se à ministra Rosa Weber, ele prossegue: “Se você aceitar essa denúncia ridícula e tentar tirar Bolsonaro, nós vamos derrubar vocês aí, sim, porque aí acabou”. O autor do vídeo chamou o STF de tribunal de “canalhas” e “vagabundos”, e afirmou não aceitar um resultado que não seja a vitória do candidato do PSL.

Apoio ao candidato Fernando Haddad reúne 69 torcidas organizadas e líderes religiosos

Rivais como Corinthians e Palmeiras se uniram. Foto: Divulgação

No Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Tuca), o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, recebeu nesta segunda-feira (22) à noite o apoio de 69 torcidas organizadas de clubes de futebol, unindo Corinthians e Palmeiras, Flamengo e Vasco, Internacional e Grêmio, entre outros rivais. Também participaram líderes religiosos de diversos credos, artistas e intelectuais. Os torcedores subiram ao palco, onde estava Haddad, para defender o que chamaram de Manifesto das Torcidas pelo Brasil. No documento, assinado por representantes do Corinthians, Internacional, Grêmio, Vasco, Palmeiras, Flamengo, Santa Cruz, Sport, Náutico, Cruzeiro, São Paulo, CSA, entre outros, os esportistas destacam a importância do diálogo. “É imensamente importante que tenhamos clareza e diálogo para nos posicionarmos nesse momento em nome da democracia e da liberdade. Caso contrário, todos os nossos sonhos e lutas terão sido em vão”, diz o documento. Religiosos católicos, evangélicos, budistas e de matrizes africanas também subiram no palco para fazer uma oração pela candidatura de Haddad. Intelectuais e artistas ressaltaram a importância de defender a democracia e o Estado de Direito.

Alerta – Durante o evento, Haddad agradeceu o apoio divulgado hoje pela candidata derrotada da Rede, Marina Silva. “Esse reencontro democrático me enche de orgulho”, afirmou o presidenciável, que mais cedo, nas redes sociais, lembrou da convivência harmônica e respeitosa com Marina Silva quando ambos eram ministros. Haddad acrescentou que as propostas do adversário Jair Bolsonaro (PSL) podem até serem aceitas em um momento de “delírio”, mas jamais prevalecerão. “A humanidade jamais vai concordar com o arbítrio. Pode até, em um momento de delírio, de perturbação, de raiva, de ódio, ela pode até querer abraçar um projeto que ele representa.” Em seguida, o candidato acrescentou: “Mas a gente acorda desse pesadelo e realiza a humanidade que todo mundo tem dentro de si. Ele é o antisser humano, é tudo que precisa ser varrido da face da Terra”, afirmou.

Reações – Haddad reiterou a rejeição pelo tom adotado pelo adversário, que pregou a exclusão dos “vermelhos” durante ato na Avenida Paulista. “Ontem [21] ele fez um vídeo muito grave, que eu nunca tinha visto uma pessoa ter coragem de fazer: que é ameaçar de morte um adversário, ameaçar a integridade física dos seus opositores, dizendo que não terão lugar no Brasil, ou a cadeia ou o exílio. Disse com todas as letras, está gravado, registrado para a posteridade”. Mais cedo, o candidato do PT disse, ao comentar o mesmo episódio, que as instituições não estão reagindo às ameaças à democracia. O candidato do PT ressaltou que, até o dia 28 (data do segundo turno), o país vai perceber o verdadeiro projeto político de Bolsonaro. “É uma pessoa que saiu das trevas da ditadura, dos porões da ditadura e, sem que as pessoas consigam perceber o que ele representa, ainda, porque nós temos até domingo para demonstrar, ele vem galgando degraus e agora parece como um paladino da restauração de uma ordem que ninguém quer mais.”

”Combate aos bandidos vermelhos” vai se dar no curso da Lava Jato, diz Jair Bolsonaro

Jair segue se pronunciando pelas redes sociais. Foto: Reprodução

O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, usou a conta pessoal do Twitter na manhã desta terça-feira, 23, para se explicar de uma controversa fala que fez neste domingo, 21, a manifestantes. Em ato de apoio a ele na Avenida Paulista, Bolsonaro disse por videoconferência que, se eleito, iria “varrer do mapa os bandidos vermelhos”. “Falamos em combater os bandidos vermelhos baseado no próprio curso das investigações da Polícia Federal e Lava Jato e houve uma grande histeria por parte do PT. Ao que parece a carapuça serviu mais uma vez!”, escreveu o candidato na rede social. “Em breve vai ter mais gente pra jogar dominó com o chefe corrupto presidiário na cadeia!”, provocou, em mensagem minutos depois. A fala de Bolsonaro no domingo causou indignação de membros da campanha de Fernando Haddad (PT). O próprio candidato do PT chegou a dizer, via Twitter, que o capitão da reserva ameaçava a “sobrevivência da oposição”. Ele também falou nesta segunda-feira, 22,, na saída da TV Cultura, onde participou do “Roda Viva”, que tratou do tema durante ligação para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O tucano, por sua vez, disse no Twitter que, para ele, a fala de Bolsonaro “lembra outros tempos”.

”Não há nem prova de todos que se conheciam”, diz juíza ao absolver 18 presos antes de ato contra Temer

A juíza Cecília Pinheiro da Fonseca, da 3ª Vara Criminal de São Paulo, absolveu, nesta segunda-feira, 22, 18 jovens que foram detidos antes de manifestação contra o presidente Michel Temer (MDB), em setembro de 2016. Eles respondiam pela acusação de associação criminosa e corrupção de menores. O caso envolveu a participação do major infiltrado do Exército William Pina Botelho. Em decisão, a magistrada destacou que não há sequer ‘prova de que todos se conheciam’. No dia 4 de setembro de 2016, 21 pessoas, sendo 3 adolescentes, foram presos em ato contra o governo. Naquela noite, um deles não foi detido: trata-se do infiltrado do exército William Pina Botelho, que trabalhava para o serviço de inteligência. Assim como outros jovens, não foi levado para o Deic, nem preso por uma noite. Na manhã seguinte, o juiz Paulo Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo mandou soltar todos os jovens afirmando que a prisão era ilegal. Presos naquela noite, e depois liberados em audiência de custódia, os 18 respondiam pela acusação de corrupção de menores e associação criminosa do promotor Fernando Albuquerque Soares Sousa. Na peça de denúncia, de cinco páginas, um dos jovens, por exemplo, é acusado de ‘levar uma câmera’ aos protestos. Dez são acusados por portar uma barra metálica e um disco de ferro. As únicas testemunhas de acusação são policiais militares. A juíza Cecília Pinheiro da Fonseca ressalta que ‘os manifestantes nem sequer chegaram a participar do ato porque justamente foram obstados pelos policiais, não se podendo supor quais deles desistiriam, compareceriam de modo pacífico ou mesmo causariam algum transtorno, o que deveria ser objeto de apreciação individual’. “A prova, portanto, é no sentido de pessoas reunidas, sem demonstração nem de intenção nem de prática efetiva de atos de violência nem de vandalismo: a manifestação pública é permitida e nenhum objeto de porte proibido foi apreendido, o que também afasta a prática da corrupção de menores”, anotou. A magistrada ainda destaca. “Friso que não há nem sequer prova suficiente de que todos eles se conheciam”. Segundo a juíza, os ‘próprios policiais ouvidos e responsáveis pela abordagem narraram que, após indicação de um popular, foram ao local dos fatos, onde avistaram vinte e uma pessoas, os réus e as adolescentes, reunidos, sendo com eles apreendidos os objetos já mencionados, sendo todos conduzidos à Delegacia de Polícia’. “E os objetos apreendidos, seja com os aqui réus, seja com as adolescentes, são todos de porte lícito, não sendo patente que os acusados e as menores tivessem uma relação estável e permanente entre si, com a finalidade de praticar crimes”, escreveu. A magistrada ainda pontua. “A mera apreensão dos objetos, repita-se, todos de porte lícito, não enseja a conclusão de que o grupo ali estivesse para causar danos ao patrimônio público ou privado nem para agredir os policiais ou outros indivíduos, não havendo demonstração suficiente de que seriam usados para a prática de crimes”. “Não é demais explicitar que a abordagem policial não ocorreu em razão de eventual investigação que tivesse identificado o grupo como parte de uma organização criminosa destinada à prática de delitos, mas sim decorreu de indicação de um popular de que havia um grupo de pessoas vestidas de preto no local, portando máscaras e gorros”, conclui.

Esporte: Bahia vence o Botafogo no Rio e sobe para a 10ª posição do Campeonato Brasileiro

Edigar Junio comemora gol no Engenhão Foto: Estadão Conteúdo

Uma modificação forçada que acabou sendo determinante para o resultado final da partida entre Bahia e Botafogo, neste sábado (20), no Engenhão, no Rio. Após uma dividida com Igor Rabello no final do primeiro tempo, Gilberto sentiu o joelho e não conseguiu voltar do intervalo. Sem problemas. Edigar Junio, seu substituto, marcou, de cabeça, o gol do segundo triunfo tricolor fora de casa na Série A logo aos dois minutos do segundo tempo: 1×0. Pela primeira vez, o Bahia venceu dois jogos consecutivos na competição, terminando o sábado na 10ª colocação.