Jaguaquara: Dor e revolta marcam sepultamento de adolescente, assassinado por espancamento

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Velório de Mateus Amorim, 17 anos. Fotos: Fotos: BlogMarcosFrahm

O sepultamento de Mateus Amorim Peixinho, 17 anos, que foi assassinado na quinta-feira (24), foi marcado por um clima de dor e revolta, no fim da tarde desta sexta-feira (25). Bastante comovidos, amigos e familiares compareceram ao velório do jovem, que residia no bairro Malvina I. O cortejo fúnebre saiu da Malvina por volta das 17h, passando pela BR-420, com parada em frente ao Fórum Ilmar Galvão, no Centro e prosseguindo para o cemitério da Rua Campo Santo, no bairro Palmeira, onde o sepultamento foi realizado, já à noite, na presença de amigos e familiares. Três vereadores, moradores do mesmo bairro onde a vítima residia, Francisnei Santos (PP), atual líder do Poder Legislativo, Adailson Mancha (PT) e Jurandir Araújo (PT) também marcaram presença e prestaram as últimas homenagens a Mateus Amorim, que era estudante do Ensino Médio no Colégio Estadual Pio XII. Velório-2

Crianças e adultos acompanharam o cortejo fúnebre, nesta sexta

Segundo a polícia, o adolescente foi espancado por traficantes e socorrido por populares ao Hospital Municipal de Jaguaquara, dando entrada sem sinais vitais na unidade hospitalar. Quatro suspeitos de envolvimento na morte, três mulheres e um rapaz, estão detidos na Delegacia, dois estão foragidos. O pai do jovem, Moisés Peixinho, de origem humilde, descarta o envolvimento do filho com drogas e diz que o crime foi passional. Velório1

Faixa exibe mensagem do Colégio Pio XII, onde Mateus estudava

Segundo ele, uma mulher demonstrava interesse em se relacionar com uma jovem, namorada de Mateus e, há tempos, vinha perseguindo o menor a fim de estragar o seu relacionamento com a namorada. ”Ela queria ficar com a namorada de Mateus, daí, foi criando aquela rivalidade e, ontem, ligaram para ele ir a um bar, chegando no caminho, fizeram essa barbaridade com o meu filho. A polícia é quem está investigando e tem mais informações”. Moisés é evangélico, e diz que realiza na Malvina um trabalho de cunho social, encaminhado usuários de drogas para um Centro de Recuperação em Santo Antônio de Jesus. ”A droga é um mal que entra na vida dos jovens para destruí-los, e Deus me deu essa ideia de ajudar as pessoas que sofrem com isso. A morte do meu filho não vai me impedir de continuar o meu trabalho”, disse o pai do adolescente ao blog.