ACM diz que foco do DEM está nas eleições municipais e discussão sobre 2022 está congelada

Presidente do Democratas, ACM Neto. Foto: Mateus Soares/Política Livre

O presidente nacional do DEM, prefeito ACM Neto, afirmou, na noite desta quinta-feira (23), que o foco do partido hoje é as eleições municipais e as tratativas sobre 2022 estão ”congeladas”. ”Nós passamos por um processo de fortalecimento político inquestionável. O Democratas hoje é um partido que está no centro das decisões políticas do Brasil, mas agora é hora de transformar isso também em capital eleitoral. Não adianta você ter boas posições no Parlamento, boas posições em Brasília, se nas bases você não está forte. E a nossa preocupação agora é buscar o fortalecimento nas bases, focando a eleição de prefeitos, vereadores e a partir de 2021, quando a hora for oportuna, nós vamos discutir o futuro e 2022. Por enquanto, esse é um assunto, eu diria, que está congelado”, destacou o dirigente que não esconde o desejo de se candidatar a governador da Bahia.

O prefeito participa da festa só para convidados na inauguração do Centro de Convenções na Boca do Rio. O equipamento – que será inaugurado oficialmente com evento aberto ao público no próximo domingo (26), data do aniversário do prefeito, – teve investimento de R$ 130 milhões da prefeitura de Salvador e será administrado pela empresa francesa GL Events pelos próximos 25 anos.

Ainda na coletiva de imprensa, Neto aproveitou para falar do crescimento do DEM que atualmente preside o Congresso Nacional, com Davi Alcolumbre (AP) no Senado e Rodrigo Maia (RJ) na Câmara dos Deputados. Alcolumbre, inclusive, participa do evento. Já Maia enviou uma mensagem ao prefeito explicando que foi desaconselhado pelo comando da Força Aérea Brasileira (FAB) a comparecer à inauguração devido ao mau tempo na rota entre Brasília e a capital baiana.

Sem citar nomes, o presidente nacional do DEM criticou alguns partidos que, segundo ele, ”tem donos” e ponderou mais uma vez que ”vai errar quem procurar federalizar a campanha municipal”. ”Dentro do Democratas existem várias lideranças com vários pensamentos. Não temos um partido cartorial. O Democratas não é um partido de donos. Existem partidos no Brasil e, não me cabe aqui fulanizar, que são partidos de donos. O Democratas não, é um partido com várias lideranças com muita discussão interna que hoje convivemos com diversos pontos de vistas. E pessoas que simpatizam com uma posição, por exemplo, de maior aderência ao governo federal, ao presidente da República, até outras que optam por uma posição de maior distanciamento. E me cabe, como presidente do partido, procurar dar conforto a todas essas posições internas e blindar o partido de qualquer discussão de 2022”, completou.