Nem pandemia impediu esquema de venda de sentença no TJBA, relata ministro do STJ

Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça. Foto: Reprodução

O ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afirmou nesta terça-feira, que nem mesmo a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, impediu a continuidade do suposto esquema de pagamento de propina e venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

”Registre-se que essa atividade ilícita perdurou mesmo após a deflagração da Operação Faroeste, que resultou no afastamento e na prisão preventiva de desembargadores e juízes do TJBA, tendo sido realizada a entrega do dinheiro no dia 17/03/2020. Ou seja, nem com as investigações desnudando o suposto esquema criminoso no Oeste baiano, e com várias medidas cautelares em pleno vigor, os investigados cessaram o curso de suas ações antijurídicas”, afirmou o ministro.

Nesta terça, a Polícia Federal deflagrou a quinta fase da Operação Faroeste com o objetivo de desarticular possível esquema criminoso voltado à venda de decisões judiciais, por juízes e desembargadores, do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA).

Foram cumpridos mandados de prisão temporária contra a desembargadora Sandra Inês Rusciolelli e contra dois advogados, sendo um deles filho e operador financeiro da magistrada, Vasco Rusciolelli. O nome do segundo advogado não foi divulgado até o momento. Com informações do A Tarde