O novo ministro da Justiça, Anderson Torres, anunciou que Paulo Maiurino vai ocupar o cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF). Ele foi secretário de segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) até setembro de 2020.
O delegado assumirá o cargo no lugar de Rolando de Souza, que havia sido escolhido por Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin. Na Polícia Rodoviária Federal (PRF), Eduardo Aggio dará lugar ao inspetor Silvinei Vasques, segundo informações da Folha de S. Paulo.
Com a concretização da troca, o governo Bolsonaro tem o seu quarto diretor-geral da PF. Antes dele, foram diretores-gerais da PF no atual governo os delegados Maurício Valeixo, que deixou a corporação no episódio que levou ao pedido de demissão do ministro Sergio Moro.
E Rolando Alexandre, a segunda opção de Bolsonaro após Alexandre Ramagem ter sido barrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Desde o final de 2017, quando Leandro Daiello deixou o cargo após sete anos, a direção da PF vive um período de instabilidade.
Entre Daiello e Valeixo, no governo Temer, a PF foi dirigida ainda por Fernando Segóvia e Rogério Galloro. As constantes trocas levam um grupo de delegados a defender que seja instituído um mandato na corporação.
O comando da PF é considerado estratégico por Bolsonaro e esteve no centro da disputa do presidente com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
Ao pedir demissão do governo, Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF, órgão que mantém investigações no entorno de aliados e da família presidencial. *A Tarde