Migrando para oposição, Nilo estaria chateado com falta de esforço de Rui e Wagner em mantê-lo na base

Nilo está de malas prontas para a oposição. Foto: Reprodução

A falta de empenho por parte da gestão estadual teria selado de vez o destino do deputado federal Marcelo Nilo (PSB). Com isso, o socialista está de malas prontas para a oposição e com o caminho livre para apoiar a candidatura de ACM Neto (DEM/UB) ao governo da Bahia.

Nilo, inclusive, estaria bastante chateado com a falta de esforço por parte do governador Rui Costa e do senador Jaques Wagner em mantê-lo na base. Informações obtidas site pelo Bahia Notícias dão conta de que pedidos feitos pelo socialista não foram atendidos pela cúpula governista. A avaliação é de que Nilo só continuaria na base se houvesse recuo por parte dele, o que nas circunstâncias atuais parece distante de acontecer.

No ano passado, o parlamentar iniciou ofensiva com uma série de críticas ao grupo formado por PT, PSD e PP. Em diversas entrevistas, o deputado afirmou que o PSB era um partido injustiçado por não compor a chapa majoritária (lembre aqui).  Alguns meses antes, ele disse que iria ”lutar para estar na chapa majoritária em 2022” (veja aqui).

A pressão por um lugar na majoritária causou incômodo em aliados. A situação teria piorado quando Nilo citou reiteradas vezes que manteve conversas frequentes com Neto ao longo de 2021. Porém ele garante que não houve nenhum convite do ex-prefeito de Salvador para que Nilo seja indicado ao Senado para a sua chapa (saiba mais aqui).

SITUAÇÃO DE MARCELINHO

Com todo esse imbróglio envolvendo o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, quem pode ficar em situação delicada é o seu genro, o deputado estadual Marcelinho Veiga (PSB).

Informações de bastidores apontam que Marcelinho fez todo o esforço possível para demover o sogro da ideia de sair da base, mas não obteve êxito. A preocupação do deputado é que a decisão de Nilo tire votos que podem ser cruciais na sua reeleição, embora publicamente ele negue o temor (veja aqui).

Para entornar ainda mais o caldo dos socialistas, Rui estaria inclinado a manter Marcelinho em sua base, porém sem os cargos, já que eles estariam de alguma forma ligados a Nilo. Esses cargos devem servir como moeda de troca para atrair alianças em torno da candidatura de Wagner ao Palácio de Ondina.

Apesar da provável debandada, ao menos um nome indicado por Nilo deve permanecer na gestão. O secretário de Administração Penitenciária (SEAP), Nestor Duarte, tem demonstrado interesse em permanecer no comando da pasta.