Mais de 140 funcionários são impedidos de trabalhar após interdição de fábricas de licor no Recôncavo

Produção de Licor na casa Roque Pinto, em Cachoeira. Foto: Rosival Pinto

Mais de 140 funcionários ficaram impedidos de trabalhar em Cachoeira, cidade no Recôncavo baiano, após a interdição de duas fábricas que produzem licor, na terça-feira (21). De acordo com associação que representa os produtores da bebida, os impactos da medida serão sentidos a longo prazo, porque o processo de fabricação começa no ano anterior.

Mais de 140 funcionários ficaram impedidos de trabalhar em Cachoeira, cidade no Recôncavo baiano, após a interdição de duas fábricas que produzem licor, na terça-feira (21). De acordo com associação que representa os produtores da bebida, os impactos da medida serão sentidos a longo prazo, porque o processo de fabricação começa no ano anterior.

Mudanças no espaço físico dos estabelecimentos; Ausência do contrato de um químico responsável, ou engenheiro de produção ou engenheiro químico; Ausência de registro junto ao Mapa de cada um dos produtos que os estabelecimentos fabricam; Ausência de um documento com a planta do local e uma espécie de inventário de tudo que tem no fabrico (móveis, objetos, quantidade desses objetos, local onde ficam instalados/armazenados).

Em nota, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirmou que a ação com a Polícia Federal teve o objetivo de evitar o risco à saúde do consumidor. O processo aconteceu após denúncias de irregularidades na produção e comércio de bebidas alcoólicas por mistura na região.

Auditores fiscais federais agropecuários constataram que os estabelecimentos atuavam em desacordo com a legislação. Nos locais foram verificadas infraestruturas inadequadas, bebidas fora dos padrões de identidades e qualidade, rotulagem em desconformidade com as normas estabelecidas e do uso de matérias-primas sem procedência.

De acordo com o Mapa, durante ação de fiscalização nas fábricas em 2021, foram coletadas 10 amostras de licores clandestinos variados.

Após as análises realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA), seis dessas acusaram algum tipo de não conformidade como a presença de metanol (composto orgânico da família dos álcoois que é tóxico e pode causar danos à saúde humana) acima dos limites determinados pela legislação brasileira.

Conforme o órgão, os valores encontrados eram quase o triplo da quantidade máxima permitida. Também foi encontrado a presença de corantes como Amarelo Tartrazina e Amarelo Crepúsculo, substâncias com potencial alergênico.

Os fiscais relataram ainda grau alcoólico abaixo do limite mínimo determinado para os produtos e teor de ácido sórbico acima do limite máximo permitido.

Segundo o Mapa, os estabelecimentos foram autuados e devem atender às exigências de adequações como: Obter o registro junto ao Mapa; Adotar boas práticas de fabricação; Adequar a rotulagem com lista de ingredientes, frases de advertência e graduação alcoólica; Ter um responsável técnico habilitado pela produção, padronização e manipulação das bebidas. Com informações do G1