Jornalista e cineasta Arnaldo Jabor morre aos 81 anos em São Paulo após sofrer AVC, diz imprensa

Jabor sofreu um acidente vascular cerebral. Foto: Reprodução

O cineasta, cronista e jornalista Arnaldo Jabor morreu na madrugada desta terça-feira (15), aos 81 anos, em decorrência de complicações de um acidente vascular cerebral (AVC).

De acordo com a família do jornalista, ele faleceu por volta da meia-noite, no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo, onde estava internado desde dezembro de 2021 por conta da doença.

No final de dezembro, um boletim médico havia apontado que Jabor tivera uma melhora progressiva do quadro neurológico e se encontrava consciente. No entanto, nesta manhã, a produtora de cinema Suzana Villas Boas, ex-mulher de Jabor e mãe de seu filho João Pedro, escreveu ”Jabor virou estrela, meu filho perdeu o pai, e o Brasil perdeu um grande brasileiro” em suas redes sociais.

A cerimônia fúnebre será realizada nesta quarta-feira (16) no Museu de Arte Moderna, em sua cidade natal, o Rio de Janeiro, de acordo com Ancelmo Gois, colunista do jornal ”O Globo”.

Ao longo de sua carreira, Jabor dirigiu “Eu sei que vou te amar” (1986), indicado à Palma de Ouro de melhor filme do Festival de Cannes, além de ser um dos principais colunistas de telejornais da TV Globo desde 1991.
O primeiro filme dirigido pelo cineasta foi o curta-metragem ”O Circo”, de 1965. Sua filmografia inclui ainda longas considerados clássicos do cinema brasileiro, como ”Toda Nudez Será Castigada”, ”O Casamento”, ”Eu Te Amo” e o mais recente, ”A Suprema Felicidade”, de 2010.

Segundo seu site oficial, Jabor chegou a se afastar do cinema durante os anos 1990 por ‘força das circunstâncias ditadas pelo governo Fernando Collor de Mello, que sucateou a produção cinematográfica nacional”.
Com isso, a partir de 1991, ele passou a escrever crônicas para jornais e também a fazer comentários políticos em programas de TV da Globo, como ”Jornal Nacional”, ”Bom Dia Brasil”, ‘Jornal Hoje”, “Fantástico”, e de rádio na CBN.
Além disso, ele publicou livros de coletânea como “Os Canibais Estão na Sala de Jantar”, de 1993, e ”O Malabarista – Os Melhores Textos de Arnaldo Jabor”, de 2014. Ele deixa três ex-mulheres, Teresa Simões, Maria Eleonora Barbosa Mello e Suzana Villas Boas, além de três filhos, um deles a cineasta Carolina Jabor, e quatro netos.