Os professores da rede pública municipal de ensino de Jequié voltarão às salas de aulas, depois de 14 dias de greve. Os docentes aprovaram, em assembleia geral realizada nesta quarta-feira (28/08), no auditório do Régis Pacheco, a suspensão do movimento de greve, acatando a decisão liminar proferida pelo desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Maurício Kertzman Szporer, que decidiu por criminalizar os líderes do movimento e aumentou de R$ 10 para R$ 50 mil a multa diária imposta a APLB/Sindicato, em caso de descumprimento.
Mesmo anunciado que retornarão as suas atividades nesta quinta-feira, a APLB, em nota pública, informou que ”houve alguns posicionamentos contrários a suspensão, mas o número de professores favoráveis foi bem maior”. A entidade informou ainda que a aprovação da suspensão da greve pela maioria ”foi condicionada até que haja a abertura do diálogo que discutirá o pagamento da gratificação valorização/regência”. Os docentes vêm protestando contra decreto assinado pelo prefeito Sérgio da Gameleira, que suspendeu o pagamento do percentual com a rubrica da referida gratificação/regência, a partir dos salários de julho/2019.
A categoria, apesar de voltar às aulas, considera ilegal a suspensão do benefício pecuniário que foi incorporado aos salários a título de valorização profissional e mantém a mobilização contra a gestão. Nesta quarta, durante sessão da Câmara, um grupo de professores marcou presença no plenário da Casa, aplaudindo os vereadores de oposição que se solidarizavam com a classe.
Contudo, enfrentaram manifestações contrárias, de apoiadores do prefeito, inclusive membros da administração que foram à Câmara defender o governo municipal. Para os aliados do gestor, a medida de Gameleira é amarga, impopular, mas garantirá o pagamento em dia da folha, diante da incapacidade da Prefeitura em arcar com as despesas gratificações na Educação.