Jequié: Apoiadores do prefeito lotam Câmara após pedido impeachment e oposição não comparece

Apoiadores de Sérgio lotam a Casa. Foto: Blog Marcos Frahm

Um dia após tramitar na Câmara Municipal de Jequié um processo de impeachment contra o prefeito Sérgio da Gameleira (PSB), pedido de afastamento apresentado pelo professor José Leintinho e arquivado por vereadores, apoiadores do chefe do Executivo lotaram as galerias da Casa Legislativa na sessão desta quarta-feira (14/08) e por lá permaneceram até o último discurso dos edis governistas, já que os parlamentares da bancada da minoria, ou seja, oposicionistas, Exceto o presidente Emanuel Campos – Tinho, não compareceram a sessão.

A expectativa dos apoiadores do prefeito, incluindo aliados políticos, servidores da Prefeitura e até secretários municipais  era ouvir o vereador Soldado Gilvan (PPS), que adotou postura crítica a atual administração pública municipal, da qual foi aliado até 2018. Contudo, Gilvan e outros integrantes da oposição não deram as caras na Câmara na noite desta quarta.

Na terça-feira (13), o pedido de afastamento foi arquivado na sessão ordinária. Dos 10 votos necessários, o pedido obteve 7, de 13 vereadores presentes. O presidente Tinho não tem direito a voto nesse caso. Votaram favoráveis ao impeachment os vereadores Reges, Colorido, Joaquim, Careca, Dorival, Gilvan e Laninha, que se ausentaram hoje, enquanto votaram pelo arquivamento os vereadores Ivan, Pastoleiro, Marcinho, Fiim e Gutinha.

A votação nominal foi realizada na presença de professores da rede municipal, que gritavam ”Fora Sérgio da Gameleira”, mas os docentes também não compararam desta vez. Os professore estariam insatisfeitos com a gestão local após a retirada, através de decreto do prefeito, da ”regência’’, alegando os mesmos que vários trabalhadores estão perdendo entre R$3 mil e R$4 mil na folha de julho paga no início deste mês. A categoria anunciou greve por tempo indeterminado, a partir desta quinta-feira (15).

Já o prefeito, tem dito na imprensa que o Decreto Municipal 20.091 que determinou a suspensão da gratificação para regência de classe é plenamente legal e decorre de um Processo Administrativo iniciado em setembro do ano passado, ”com o conhecimento da APLB”.