Jaguaquara: Vereador critica demissão de servidores contratados com salários atrasados

Pirôpo diz que contratos foram feitos de forma eleitoreira
Pirôpo (PT) diz que contratos foram feitos de forma eleitoreira

As exonerações de servidores públicos municipais contratados pela Prefeitura de Jaguaquara se tornam objeto de questionamentos e críticas. Centenas de pessoas foram dispensadas das funções que exerciam nas mais diversas áreas da atual gestão pública municipal. A informação é do vereador Nildo Pirôpo (PT). ”Sou representante do povo, fui eleito para legislar e não ficarei marcado como um simples vereador conivente e responsável pela infelicidade e sofrimento de muitos funcionários públicos e de suas famílias”. Foi com essa declaração que o vereador Pirôpo entrou em contato com a redação do BMF, na tarde desta segunda-feira (10), tomando posição favorável aos servidores de Jaguaquara, que foram demitidos pela gestão do Prefeito Giuliano Martinelli (PP). Ele diz que, o correto, ”seria não admitir pessoal sem prévio concurso público, como determina a Constituição Federal” e chama a atenção para o fato de o município ter aumentado as despesas em função da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). ”Existiam servidores com contratos firmados até 31 de outubro, e outros contratados até 31 de dezembro e, antes do prazo, foram demitidos, o que mostra claramente que os contratos foram feitos de forma eleitoreira, apenas para segurar o voto nas eleições. O correto era não admitir um alto número de servidores sem concurso, pois nunca se contratou tanto”, afirma o edil, fazendo revelação de que a situação está muito pior do que se imagina. Segundo ele, existem servidores que foram dispensados com salários em atraso. ”Se eles sabem que é ilegalidade ultrapassar o índice, porque cometem o erro mesmo sabendo? O nosso papel é alertar, para que a coisa não fique pior”. Nildo Pirôpo ainda questionou o suposto caráter intempestivo das demissões. ”No tocante ao corte de funcionários, a LRF se aplica em todo o Brasil, mas cada município pode se organizar, contratar menos e manter os servidores contratados até o final do ano, de forma que não prejudique quem se programou financeiramente, assumindo compromissos, para esse período, ao invés de simplesmente contratar e depois mandar pra rua após um período de eleição”. O parlamentar petista foi mais enérgico, criticando possíveis injustiças e privilégios nos critérios de rescisão contratual da Prefeitura de Jaguaquara. ”O prefeito poderia tirar quem ganha R$ 4.000,00 ou R$ 5.000,00 e deixar quem recebe salário mínimo. Era melhor mandar embora quem ganha muito e faz pouco do que quem ganha pouco e faz muito”, protestou.