Jaguaquara: Presidente da Câmara se frustra com ausência de representante de empreiteira

Raimundo cobra explicações sobre obras. Foto: Blog Marcos Frahm

A ausência do representante da empreiteira responsável pelas obras de requalificação e ampliação do Hospital Municipal de Jaguaquara (HMJ) na sessão da Câmara da noite desta quinta-feira (05/09) frustrou a expectativa do presidente da Casa, Raimundo Louzado (PSD), que aguardava o senhor Edson Bispo da Silva, que havia sido convocado, conforme determina a Lei Orgânica Municipal, para explicações acerca da paralisação dos serviços da unidade pública de saúde.

Autor do requerimento para a convocação, o presidente lamentou a ausência do representante da empresa Silva Silva Estruturas Metálicas, sediada em Itabuna, que segundo o parlamentar estaria na cidade, mas alegou sentir dores de dente, depois de confirmar anteriormente que participaria da sessão para ouvir os questionamentos e dar explicações relacionadas a paralisação das obras, que já dura mais de quatro meses. ”A população é quem está sofrendo com as obras paralisadas, com dificuldades para internamento nos leitos, sem ter um hospital digno para o tamanho do nosso município”. O presidente não descarta articulação da gestão municipal para vetar a ida do representante a Câmara, já que o convênio para as obras envolve Município e Estado e a licitação da qual a Silva Silva fez parte e terminou como vencedora foi realizada pela Prefeitura. ”Confirmou que viria, depois, não sei com quem teve contato que decidiu não comparecer, mas respeitamos a sua alegação”.

Durante a sessão, Raimundo entrou em discussão com o líder do prefeito na Casa, o vereador Nildo Pirôpo (PSB) e ambos acabaram trocando farpas. Louzado disse que Pirôpo era defensor do prefeito Giuliano Martinelli e que ele [Raimundo] preferia ficar ao lado do povo. Segundo o presidente, operários que atuaram nas obras ficaram sem receber, e diz ainda ter informações de dívidas da referida empreiteira com fornecedores.

Há um entreve Prefeitura e Governo do Estado, que teriam firmado convênio para reestruturar a unidade hospitalar e o valor inicial do investimento estaria em torno de R$2,4 milhões, sendo R$2,16 milhões de recursos estaduais e o restante equivale à contrapartida municipal. A SESAB informou, em oportunidade anterior que houve divergência entre a planilha pactuada e a planilha executada. Informou ainda que numa vistoria realizada no dia 01 de abril de 2019, foi atestada 32,08% de execução. O percentual está equivalente ao valor já desembolsado, porém foi verificada a divergência entre as planilhas e, com isso, foi pleiteada pela Prefeitura uma alteração em itens da planilha orçamentária do convênio. Devido à solicitação do município o processo estaria em análise na área técnica, sem o desembolso da terceira parcela do convênio.