Jaguaquara: Durante eleição, presidente desobedece o Regimento e não permite fala do presidente eleito

Élio não permitiu a fala de Raimundo. Foto: Blog Marcos Frahm

É algo com comum, durante processo de eleição para escolha de líder do Poder Legislativo o discurso do eleito pelos pares, após votação, fato que se repete desde outrora. Porém, em Jaguaquara, a decisão do atual presidente da Câmara, Élio Boa Sorte Fernandes (PP), de impedir o discurso do presidente eleito, Raimundo Louzado (PR), gerou mal-estar na Casa. Raimundo foi eleito presidente em disputa acirrada, na última quinta-feira (20), mas, sequer, pôde subir a tribuna para agradecer. O atual líder da Câmara, Élio, que findará seu mandato no dia (31) de dezembro encerrou a sessão de votação desobedecendo ao que determina o Regimento Interno, sem permitir a fala do eleito, que assume só em janeiro de 2019. O Procurador, advogado Marcos Ernesto, chegou a alertar Boa Sorte de que as regra deveria ser cumprida, mas não houve jeito. Todavia, é de bom alvitre lembrar que o Brasil é de democracia representativa, ou seja, os parlamentares são eleitos para representar o povo e precisam se dirigir ao povo através da tribuna. Élio, que não conseguiu emplacar, no primeiro semestre deste ano um projeto de Emenda a Lei Orgânica que permitiria sua reeleição, foi derrotado mais uma vez ao declarar apoio e ainda integrar a chapa da vereadora e prima do prefeito Giuliano Martinelli (PP), Cristiane Pinheiro (PP), que foi superada por Louzado na disputa pela presidência, 8 votos a 7. Nos meios políticos, as informações são de que o presidente e o eleito não têm boa relação e que, agora, com o veto do discurso, as arestas entre ambos podem não ser aparadas. Além de não estar nem um pouco satisfeito com o prefeito, que de acordo com Raimundo teria interferido contra sua chapa, Louzado não esconde seu descontentamento com o posicionamento, que não foi republicano em sua atitude.