Itiruçu: Mulher de Jorge Solla diz que advogado que pediu para sair do PT fez ”jogo duplo”

Mrília Solla, o advogado Alender e o petista Zé Popô. Foto: Rede social

Se o cenário político em Itiruçu já estava em ebulição, ferveu ainda mais depois da saída do advogado Alender Correia do Partido dos Trabalhadores – PT. Conforme nota anterior, o nome do advogado surge nos meios políticos como uma das alternativas da oposição a prefeita de Itiruçu, Lorena Di Gregório (PSD).

Contudo, a representante do diretório municipal do PT, Marília Fontoura Solla, esposa do deputado federal Jorge Solla (PT), nega que a intenção era apresentar Alender como opositor a gestão local e diz que o mesmo era filiado a sigla partidária e que teria se oferecido para representar o PT na sucessão municipal 2020 na condição de candidato a prefeito.

Marília disse que ficou surpresa com a decisão de Alender, que até então teria garantido que seria o candidato do PT em Itiruçu. Por telefone, a petista concedeu entrevista à Rádio Comunitária Itiruçu FM, nesta segunda-feira (10), tendo comentado a desfiliação do agora ex-aliado. ”Alender colocou o seu nome a disposição do partido para ser o pré-candidato e a gente vinha trabalhando o nome dele nas redes sociais e hoje fui tomada de surpresa com uma mensagem que dizia que ele teria feito uma nova escolha, voltando atrás da sua palavra. Existem pessoas que tem palavra, que são firmes e nem todas são assim. Eu acho que houve outra proposta e que ele se encantou”, disse.

Marília, apesar de demonstrar-se perplexa diante da desfiliação de Alender, que deve ingressar no PP, liderado na região pelo deputado estadual Zé Cocá, assegurou que o Partido dos Trabalhadores continuará a discutir uma alternativa para a disputa sucessória e negou- veementemente, que será para fazer oposição ao atual governo municipal. ”Uma alternativa não para fazer oposição, mas para colocar a nossa proposta, o modo petista de governar e usar o direito que todo partido tem de apresentar as suas propostas”.

A mulher do deputado Solla, militante fiel do PT, alfinetou o advogado ao afirmar que não acreditava na desfiliação. ”Como é que eu poderia imaginar que um advogado, que sabe que a ética e a verdade são fundamentais iria fazer um jogo duplo comigo? Agora, várias pessoas  me ligaram gozando com a minha cara. Eu fiquei arrasada, pois eu não esperava. Uma pessoa jovem, que tem um futuro promissor, de repente faz uma bobagem dessas. Traição mostra muito do caráter da pessoa. Uma pessoa que fez uma coisa dessas merece confiança?”, bradou Marília, que disse ter recebido solidariedade até de um dos seus históricos adversários na política de Itiruçu, o tucano e ex-prefeito Wagner Novaes (PSDB), este que também se apresenta nas redes sociais como um dos possíveis postulantes ao cargo de chefe do Executivo local.