Incerteza sobre cenário político-eleitoral faz dólar subir e atingir R$ 4,20 – alta de 1,28%

As incertezas eleitorais colocam os investidores na defensiva nesta quinta-feira. Com isso, o dólar volta a subir e a Bolsa a cair. O dólar à vista renovou máximas e, às 16h21, alcançou R$ 4,2041 – alta de 1,28% –, em meio a preocupações com o cenário eleitoral e a situação na Argentina, de acordo com operadores de câmbio. Se a moeda americana continuar nesse patamar até o fim do pregão, será a maior cotação de fechamento desde o início do Plano Real. O maior valor nominal foi atingido em 21 de janeiro de 2016, quando o dólar terminou o dia vendido a R$ 4,1720. O dólar continua disparando no país vizinho e é negociado perto dos 40 pesos, em alta de 3,67%. O peso e o real estão entre as únicas moedas descoladas do comportamento de emergentes hoje ante a moeda norte-americana, que recua entre vários destes mercados. No cenário político, os profissionais destacam que o clima é de cautela, com os investidores aguardando a nova pesquisa do Datafolha, que sai nesta sexta-feira, e monitorando os rumos da campanha de Jair Bolsonaro (PSL). O mercado segue monitorando o quadro médico do candidato do PSL à Presidência, Jair Messias Bolsonaro, líder na corrida para o Planalto. Bolsonaro voltou à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein nesta quinta-feira depois de passar por uma nova cirurgia de emergência em razão de uma obstrução intestinal. De acordo com novo boletim médico, divulgado pelo hospital nesta manhã, o candidato “evoluiu bem” após a cirurgia, feita na noite de quarta-feira, 12. Além disso, segundo os médicos, “constatou-se um extravasamento de secreção entérica (secreção intestinal). A limpeza abdominal foi realizada como feito rotineiramente. O procedimento teve duração de duas horas”. O Ibovespa, que chegou a tocar o cenário positivo no início da tarde, consolidou queda e operava próximo às mínimas. Às 15h15, caía 0,37% a R$ 74.849 pontos. Fibria e Suzano, que chegaram a cair quase 2% hoje, reduziram o ritmo de recuo após notícia de que acionistas da empresa aprovaram em assembleia a operação de incorporação da Fibria pela Suzano.