Governo decreta lockdown a partir de 17h de sexta em toda a Bahia; 195 pessoas estão na fila da regulação

Rui e Bruno Reis tomam decisão conjunta. Foto: Mateus Pereira

O governador Rui Costa anunciou nesta quinta-feira (25) que vai decretar ”lockdown” no fim de semana em todo o território baiano, como forma de diminuir a transmissão do novo coronavírus no estado. Inicialmente, o próprio Rui tinha sinalizado que a medida atingiria as 381 cidades já listadas no decreto de toque de recolher. O fechamento das atividades não essenciais começará a partir das 20h desta sexta-feira (26) e irá até as 5h da próxima segunda (1º). A venda de bebidas estará proibida a partir das 18h.

Estas cidades atingidas pela medida são aquelas que já estão com toque de recolher das 20h às 5h. As restrições começarão de forma escalonada na sexta. Às 17h, deverá ser fechado ao comércio de rua; às 18h, bares e restaurantes; e às 20h os shoppings. Segundo Rui Costa, que anunciou a decisão em acordo com o prefeito de Salvador, Bruno Reis, esta divisão foi feita como forma de evitar sobrecarga no transporte público, o que geraria aglomerações.

Só estarão autorizados a funcionar serviços essenciais, como farmácias e atendimento de saúde e supermercados. A venda de bebidas será proibida, até dentro dos supermercados.

Ao justificar a medida, o prefeito de Salvador falou sobre a gravidade da situação sanitária na cidade. De acordo com ele, nesta quarta (24), foi regulado o maior número de pacientes para unidades de saúde desde o início da pandemia. ”Regulamos, nas últimas 24h, 66 pacientes e tem 67 em espera, aguardando a vacância de leitos. São 133. No auge da 1ª onda, chegamos entre regulados e a regular a 64”, explicou, conforme o site Bahia Notícias.

195 pessoas estão na fila da regulação aguardando transferência

Em conferência de imprensa, o governador revelou que 195 pessoas estão na fila de regulação aguardando vagas em leitos de UTI no estado. Nesse momento, a taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva está em 82%.

O petista demonstrou preocupação com o crescimento de casos ativos e internação no estado, aumentando a pressão da saúde pública. O governador também alertou que a capacidade de criação de novos leitos é finita. ”Isso dá o tom do drama que estamos vivendo”, declarou Rui Costa.