Funerárias identificam aumento no número de mortos com problemas respiratórios na Bahia

Agentes funerários da Bahia relatam aumento no número de corpos cujas causas de mortes apontadas nos atestados são relacionadas a problemas respiratórios nas últimas semanas. É um quadro comum identificado em casos graves de infecção pelo novo coronavírus. Sem orientação para esses casos, o Sindicato das Empresas Funerárias da Bahia (Sindef-BA) adotou um protocolo e tem orientado os diretores funerários a tratar todos os corpos com esses indícios como suspeitos de Covid-19.

”Muitas mortes têm acontecido na Bahia e os agentes funerários estão reclamando que os corpos estão vindo ‘insuficiência respiratória aguda, infecção do trato respiratório, sepse respiratória’. E a gente está tratando todos esses corpos como causas suspeitas de Covid-19. É o nosso protocolo de segurança”, explicou o presidente do Sindef-BA, Carlos Brandão de Melo.

Oficialmente a Bahia registrou até esta quinta-feira (2) três mortes com o novo coronavírus como causa. O primeiro ocorreu no domingo (29) e se trata de um homem de 74 anos, que estava internado no Hospital da Bahia; o segundo óbito, de um homem de 64 anos, aconteceu na segunda-feira (30); e a terceira morte foi confirmada nesta quinta-feira (2), um homem de 88 anos.

A Bahia ainda investiga 15 mortes que podem ser relacionadas ao novo coronavírus, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) nesta quinta.

Carlos Brandão assegura que o aumento no número de causa morte associada a problemas e síndromes respiratórias é anormal. Ele caracteriza o crescimento de casos como ”impressionante”. No entanto, explica que o setor funerário não contabiliza este tipo de dado e por isso não tem como indicar um índice de aumento. ”Não tem como apontar através de número, porque as funerárias não fazem esse controle”, justificou. As informações são do site Bahia Notícias