Evitando 2022, Wagner diz que era preferível miliciano vivo para esclarecer morte de Marielle

Jaques Wagner comenta morte de miliciano. Foto: Alessandro Dantas

Apesar de dizer que não podia fazer uma avaliação sobre a operação que resultou na morte do miliciano Capitão Adriano, abatido pela polícia baiana depois de ficar quase um ano foragido da Justiça carioca, o senador Jaques Wagner disse nesta segunda-feira que era ”evidente que todos nós preferiríamos que ele tivesse sido preso, pois ele é uma peça importante no equacionamento da morte da vereador Mariell e que foi morta claramente por miliciano”, disse, em entrevista ao site Política Livre.

Ele fez questão de dizer que não estava acusando ninguém. ”Não estou falando que é isso ou aquilo, mas é claro que ele teria depoimento importante para tentar esclarecer. É uma morte fruto do pré-conceito e da discriminação feita pela posição política dela. É uma ameaça e afronta à democracia”. As declarações foram dadas pelo governador à tarde, na solenidade de comemoração do aniversário de 40 anos do PT, celebrada na Assembleia Legislativa.

Ao ser questionado sobre se pretende sair candidato ao governo em 2022, ele disse era muito cedo. ”Nós temos que cuidar das eleições municipais, tem muita água para rolar por debaixo da ponte, eu acho que é precipitado o debate sobre a eleição governamental de 2022, porque ele vai atrapalhar o processo municipal. Eu acho que passadas as eleições municipais e a posse dos novos prefeitos e prefeitas acho que é tempo de falarmos sobre isso”, disse.