Estudantes de Amargosa desenvolvem impressora 3D de baixo custo com materiais recicláveis

Estudantes do 2º ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual Pedro Calmon (CEPC), em Amargosa, no Recôncavo Baiano, estão desenvolvendo uma impressora 3D de baixo custo com materiais recicláveis. O projeto faz parte da disciplina de Iniciação Científica e vai ter a versão final apresentada durante a Feira de Inovação Ciências e Tecnologias do CEPC, entre os dias 18 a 20 de setembro, aberta ao público. O produto utiliza materiais descartáveis de impressoras e madeira, além do programa de hardware livre Arduino.

O professor de Química e de Iniciação Científica, Fábio Argolo, explicou que o produto vem sendo desenvolvido desde o início do ano. ”Temos a Feira de Ciências, em que começamos a definir os temas no inicio do ano letivo. Tivemos este projeto, proposto pelos estudantes, que utiliza 90% dos materiais recicláveis. Procuramos peças específicas em empresas de descartes e compramos o mínimo de materiais eletrônicos que não temos como produzir. Acreditamos que a impressora deva ficar entre R$ 500 e R$ 600, bem abaixo do mercado”, destacou o educador, que atua em parceria com o professor de Física e de Iniciação Científica, Isaías Lima.

O estudante João Marcos Pereira, 17 anos, contou que a experiência tem sido gratificante porque, além do aprendizado, pode oferecer um produto acessível para todos. ”Fizemos uma extensa pesquisa para conhecermos projetos que pudessem ser uma referência. É muito importante este trabalho que estamos fazendo, porque podemos tornar algo de fácil acesso para nossos colegas e de outras pessoas da comunidade, como na produção de trabalhos na escola”, relatou.

Já a estudante Kailane Mota ressaltou a oportunidade de trabalhar em um projeto de âmbito social e que envolve a programação com o Arduino. ”O objetivo é conseguirmos levar esta ideia para todos da comunidade escolar devido ao baixo custo. Também fiquei muito contente, pois consegui conhecer e aprender sobre a programação no Arduino. Confesso que, no começo, achei complicado, mas depois vamos aprendendo os códigos e tudo vai ficando mais fácil. Outro destaque é o número expressivo de mulheres que mostraram interesse na programação. É de se entusiasmar”, disse.