Empresas monitoram protestos de caminhoneiros e já apontam impacto no fornecimento

Empresas de diversos setores começam a monitorar o cenário dos protestos de caminhoneiros que se espalham pelo país. Segundo a coluna Painel S.A., do jornal Folha de S. Paulo, Fernando Pimentel, presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), diz que transportadores saindo de São Paulo que atendem uma empresa do setor começaram a se recusar a levar a carga para Santa Catarina nesta quarta-feira (8). Por enquanto, a mercadoria vai ficar em um depósito.

”Estamos monitorando, sem dúvida é um momento muito preocupante”, diz Pimentel.

Ainda de acordo com a coluna da Folha, José Ricardo Roriz, presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) registrou gargalos de fornecimento em Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo e Mato Grosso. ”Houve problemas para mandar novas cargas para transportadoras que não estão aceitando e outros casos que saíram mas tiveram dificuldade nas estradas”, diz.

Roriz prevê atraso no suprimento de embalagens para produtos perecíveis, como alimentos, e materiais para a construção civil.

Na indústria farmacêutica, a distribuição e o transporte indicam alguns pontos de bloqueio em estados como Bahia, Maranhão, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Paraná, segundo o Sindusfarma (associação que reúne fabricantes), mas, por ora, não há previsão de falta de medicamentos. ​