Em seu último discurso como presidente, Nilo diz que teve ”crise de choro” após renunciar

Nilo faz último discurso de presidente. Foto: Sandra Travassos
Nilo faz último discurso de presidente. Foto: Sandra Travassos

Após conduzir os trabalhos do processo de eleição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), que resultou na vitória de Ângelo Coronel (PSD), candidato único, o deputado Marcelo Nilo (PSL), em seu último discurso como presidente do parlamento baiano, na noite desta quarta-feira (11) revelou ter sofrido uma crise de choro na noite de terça-feira (31), após saber que teria perdido o apoio do PCdoB, e de outros deputados que teriam lhe assegurado apoio, um dos motivos de ter renunciado a candidatura à reeleição para o sexto mandato de presidente. Nilo disse ainda que foi atacado por seus adversários na mídia, e que  foi massacrado na disputa. ”Fui massacrado, fui atacado e injuriado, mas desejo sucesso ao deputado Ângelo Coronel, pois não existe mágoa e nem ressentimento, a sociedade que o julgue. Agradeço a todos, aos deputados da oposição, pelo apoio e vou sair de cabeça erguida”, disse ao desafiar os deputados e a imprensa a apresentar uma crítica aos oponentes Ângelo Coronel (PSD) e Luiz Augusto (PP). ”Eu renuncio ao meu mandato de deputado”, provocou.  Marcelo afirmou que, até a véspera da eleição, tinha o apoio de 10 deputados da oposição para a sua sexta candidatura, mas ”jamais” iria revelar os nomes. O ex-chefe da AL-BA destacou ainda que, por diversas vezes, questionou aos parlamentares se de fato iriam apoiar a sua candidatura. ”Quantas vezes perguntei ao deputado, se não for votar em mim, avise. Ave-maria, se sentia ofendido. Teve deputado que bateu o telefone anteontem apenas porque perguntei se podia dar uma entrevista para confirmar que me apoiava”, falou, ao ressaltar que não se sentia ”traído”, mas surpreendido. Segundo o parlamentar, o principal motivo da sua desistência foi à declaração de apoio ao seu oponente de um aliado que havia garantido que apenas o sobrenatural o faria mudar de posição. ”Eu enfrentei o senador [Otto Alencar], eu enfrentei o vice [João Leão], o prefeito [ACM Neto], um grupo na mídia contra mim, mas quando vi esse deputado que dizia que só Deus mudaria o voto dele… Lutar contra Deus eu não aguento. Então, desisti”, revelou, sem citar nomes.