Foi no Dia do Professor, quarta-feira (15), que os professores da rede pública municipal de Apuarema decidiram por fim ao movimento grevista, deflagrado no município desde o dia 1º de outubro, quando cobravam a abertura de um canal de comunicação com a Prefeitura/Secretaria de Educação, que resultasse no atendimento às reivindicações da categoria em termos de conquistas salariais. Tendo o Ministério Público Estadual (MPE) como mediador, Prefeitura de Apuarema e APLB Sindicato discutiram em mais de quatro horas de reunião, no Fórum de Jaguaquara, questões relativas à greve dos professores. O Promotor de Justiça, Dr. Lúcio Meira Mendes, ouviu representantes das partes envolvidas buscando uma solução ao impasse, que parecia não ter fim. Após intensa discussão, representantes do poder público municipal e APLB chegaram a um acordo coletivo, assinado pelo Promotor, suspendendo a greve e objetivando evitar novas paralisações.
Cerca de 1.500 estudantes na sede e interior do município deixaram de frequentar as salas de aula desde o início da paralisação. No meio do ano, os professores já haviam paralisado as atividades e só conseguiram dialogar com o governo na Justiça, quando foi feito acordo e tinha como objetivo o cumprimento do piso salarial nacional, repassando inicialmente 4 dos 8.32% e, posteriormente, concluindo o pagamento do piso, conforme determina a lei, mas houve apenas o reajuste de 4%.
Durante audiência nesta quarta na Promotoria de Justiça, em Jaguaquara, com a presença da prefeita Josilene Barreto Ribeiro, do Procurador Jurídico de Apuarema, Dr. Sérgio Cafezeiro, do secretário de Administração, Yago Barreto Novaes, da Coordenadora da APLB Sindicado, Sra. Fabiana dos Santos e seu assessor jurídico Dr. Tiago Fontoura ficou acordado o repasse do reajuste de 1.5% (um e meio por cento), além de implantação das reivindicações da categoria, reajustar todas as irregularidades encontradas na gestão e não descontar horas e dias que não foram trabalhados. Após o acordo, professores que aguardavam o desfecho em frente ao Fórum Ministro Ilmar Galvão chegaram a fazer corrente de oração para agradecer pela conquista, mesmo não tendo sido satisfatória para os trabalhadores da educação, que retornam as salas nesta sexta.
