Depois de matar jornalista em Salvador, suspeito foi para casa dormir: ”premeditou”, diz polícia

Suspeito Mateus Viliam Oliveira após a prisão. Foto: Betto Jr/ Correio

Suspeito de matar em Salvador com socos e pedradas a jornalista Daniela Bispo dos Santos, 38,  Mateus Viliam Oliveira Alecrim Dourado Araújo, 32 anos, contou em depoimento que pegou a pedra usada no crime no caminho até o prédio onde encontrou com a vítima. Ainda segundo a polícia, depois de matar Daniela com socos e pedradas, Mateus  foi para casa como se nada tivesse acontecido para dormir. Ele mora no bairro da Saúde, em Salvador. Horas depois do crime, enquanto as pessoas ainda procuravam a jornalista, ele estava a caminho de uma entrevista de emprego quando foi preso na tarde desta terça-feira (14) em Lauro de Freitas. Ele confessou que matou com quem mantinha um relacionamento amoroso há 3 anos. O crime aconteceu na noite de segunda (13). Os dois se conheceram em uma empresa de call center, há quatro anos, e, mesmo depois de deixarem de trabalhar juntos, mantiveram o relacionamento  amoroso, que começou em 2014. Daniela foi morta a sacos e pedradas. O corpo foi encontrado nas escadas do 5º andar do Edifício Catabas Empresarial, na Avenida Tancredo Neves, onde ela trabalhava. Mateus foi flagrado nas câmeras do prédio e identificado por alguns amigos da vítima. Segundo a polícia, Mateus e Daniela se conheceram em 2013, quando trabalhavam em uma empresa de call center. Em 2014, eles iniciaram um relacionamento amoroso que continuou mesmo depois que os dois deixaram de atuar na mesma firma. Ele foi demitido e ela foi trabalhar em outra empresa do mesmo ramo, onde estava até ser assassinada. A polícia contou que no começo da noite de segunda-feira Mateus saiu de casa e foi ver Daniela. Os dois marcaram um encontro no mesmo prédio em que ela trabalhava, na Avenida Tancredo Neves. Ele contou para a polícia que no caminho abaixou, pegou uma pedra e partiu o paralelepípedo em dois. Um dos pedaços ele deixou no local, e o outro colocou dentro da mochila que estava carregando. A delegada Milena Calmon, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), contou que ele conhecia os funcionários que trabalham na portaria e, por isso, conseguiu entrar no edifício com facilidade. Por volta das 19h, Daniela saiu da sala em que trabalhava, no 1º andar, e subiu até o 6º pavimento. Os dois se encontraram, mas a conversa tornou-se uma briga. As informações são do Correio