Delatores apontam existência de cinco novas contas de Eduardo Cunha no exterior

Cunha em maus lençóis. Foto: Reprodução/Agência Brasil
Cunha em maus lençóis. Foto: Reprodução/Agência Brasil

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é acusado por dois empresários da Carioca Engenharia de ter recebido propina em ao menos cinco novas contas mantidas no exterior e até então desconhecidas das autoridades brasileiras. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, em outubro, a descoberta de quatro contas secretas na Suíça mantidas por Cunha e sua família agravou sua situação política e gerou um novo inquérito contra o presidente da Câmara. Caso seja confirmada a existência dessas contas, seriam totalizadas nove contas bancárias no exterior ligadas ao peemedebista. O jornal obteve eve acesso à tabela de transferências bancárias no exterior entregue pelos empresário Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior no acordo de delação premiada que firmaram com a Procuradoria Geral da República na Operação Lava Jato. A documentação, que se encontra em sigilo, apontam que as transferências eram propina para Cunha com o objetivo de obter a liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS para o projeto do Porto Maravilha, no Rio, do qual a Carioca Engenharia obteve a concessão em consórcio com as construtoras Odebrecht e OAS. Essa liberação ocorreria por influência do aliado de Cunha Fábio Cleto, que ocupou uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal e também o conselho do fundo de investimento do FGTS. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou ter recebido os valores. Cunha disse ainda não ter tido participação no esquema apontado pelos empresários e que não teve acesso aos documentos da delação. “Desminto qualquer repasse de valores e qualquer participação naquilo que ele supostamente falou de relação com qualquer das contas”, declarou o presidente da Câmara.