Crise hídrica ou problema técnico? Falta de água em Jaguaquara volta a preocupar população

Jaguaquara vem enfrentando interrupção frequente no abastecimento

A população de Jaguaquara, maior cidade do Território de Identidade Vale do Jiquiriçá, parece enfrentar uma nova crise hídrica. A falta de água afetou de vez os jaguaquarenses, que recorrem diariamente aos veículos de comunicação para cobrar providência quanto a interrupção no fornecimento de água potável em pontos diversos do município.

Inclusive, Jaguaquara está em situação de emergência por conta da seca a partir de decreto municipal, reconhecido pelo Estado. O decreto estadual se deve a reincidência em que o município emitiu decretos nos últimos anos.

As principais fontes de captação de água, Barragem do Baixão e Rio das Almas estão com níveis estáveis, mas segundo à Embasa, problemas técnicos são detectados com frequência na rede distribuidora, com equipamentos e tubulações deteriorados pela ação do tempo.  Os mananciais utilizados também são responsáveis pelo abastecimento em outros municípios da região, como Itaquara e Irajuba, onde os munícipes também lamentam as interrupções no fornecimento do líquido.

Uma obra de reestruturação da rede, com substituição da chamada linha tronco, que abastece as três cidades, está sendo executada por uma empresa vencedora de um processo licitatório realizado pelo Estado. A promessa é de que a ampliação do Sistema Integrado de Abastecimento de Água, por meio da Empresa Baiana de Águas e Saneamento – Embasa, contemplando Jaguaquara, Itaquara e Irajuba e o Distrito Stela Dubois irá solucionar o problema do abastecimento, mas enquanto a obra, orçada em mais de R$ 4 milhões não for concluída, os jaguaquarenses continuam a lamentar a falta de água.

No último dia (01/12), técnicos da Embasa/Escritório Regional de Jaguaquara identificaram uma ligação clandestina na rede distribuidora, na Fazenda Santa Luzia, que localiza-se às margens da BR-420.

Segundo a Embasa, água era desviada antes de passar pelo hidrômetro, para evitar que o aparelho registrasse o real volume consumido, aproximadamente 800 metros cúbicos por dia/800 mil litros de água. Os responsáveis pela propriedade rural foram denunciados e o caso dever ir parar na Justiça. Contudo, nem mesmo a informação de desvio de água parece ter convencido a população, que está inquieta com a falta de água.