Como assim? Dayane Pimentel diz que decisão judicial que suspende registro do PSL na Bahia

Registro do PSL é suspenso na Bahia pelo TRE. Foto: Divulgação
A deputada federal eleita Dayane Pimentel (PSL) foi às redes sociais chamar de ”ake news” o despacho do desembargador Jatahy Júnior, do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), que suspendeu o registro do PSL no estado por falta de prestação de contas relativas a 2017. O partido do presidenciável Jair Bolsonaro é presidido por ela na Bahia. ”Mais uma nota Fake News na tentativa de me descredenciar que será resolvida na justiça. Estou na Presidência do PSL desde quando Bolsonaro me colocou: 15 de março de 2018. Portanto, não tenho ABSOLUTAMENTE NADA A VER com a administração de 2017 (como traz a nota). Os politiqueiros da Bahia junto a mídia marrom sabem que sou totalmente fora de qualquer improbidade administrativa, de tramóias políticas e de corrupção. Eles estão no desespero”, escreveu no Facebook. O despacho de Jatahy Júnior foi publicado no dia 14 de outubro (veja a reprodução abaixo). ”[…] julgo NÃO PRESTADAS as contas do PSL relativas ao exercício financeiro de 2017, com fundamento no artigo 46, IV, ”a” da supracitada Resolução do TSE, com a aplicação da sanção da perda do direito ao recebimento de recursos oriundos do Fundo Partidário, enquanto não for regularizada a situação do partido político, bem como a sanção de suspensão do registro ou anotação do órgão partidário, nos termos prescritos no artigo 48 do mesmo diploma legal”, escreveu o magistrado.
Procurada insistentemente pela redação do site Bocão News, Dayane não atendeu as ligações da reportagem. No último domingo, durante as manifestações pró-Bolsonaro na Barra, de forma bastante exaltada, disse que não precisa de mídia, porque tem ”imprensa e mídia próprias”. Fontes ouvidas pela coluna Na Sombra do Poder garantem que nem o nome completo e telefone da futura legisladora o favorito ao Planalto sabe.
Revés nacional
Na última terça-feira (16), a campanha de Bolsonaro também sofreu um revés no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro Carlos Horbach, o Facebook e o YouTube determinou a retirada do ar seis vídeos em que se afirma que o livro ”Aparelho Sexual e Cia” foi adotado em programas governamentais enquanto o candidato Fernando Haddad (PT) ocupou o cargo de ministro da Educação (2005-2012). Conforme a decisão, ”a notícia é sabidamente inverídica, uma vez que o livro jamais chegou a ser adotado pelo Ministério da Educação (MEC)”. ”Tanto o MEC quanto a editora responsável pelo livro negam que a obra tenha sido utilizada em programa escolar. Segundo ambos, o livro sequer foi indicado nas listas oficiais de material didático. A representação, com pedido liminar e de direito de resposta, foi formalizada pela Coligação O Povo Feliz de Novo e por Fernando Haddad contra a Coligação Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos, e seu candidato ao cargo de presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, entre outros’, informou o TSE, em nota.