Diante da greve, cenário é de esvaziamento e estoque acaba na Ceasa de Jaguaquara

Ceasa fica deserta diante da greve. Foto: Blog Marcos Frahm

O cenário é de esvaziamento em uma das seis unidades do Mercado do Produtor Ceasa da Bahia, a principal do interior, unidade de Jaguaquara, no Vale do Jiquiriçá, diante da greve dos caminhoneiros. Terceirizado pelo Governo do Estado, o órgão desempenha, há mais de 30 anos, importante papel no processo de abastecimento agroalimentar, mantendo a garantia do fluxo contínuo dos produtos hortifrutigranjeiros ofertados ao consumo em Salvador, outras cidades baianas e até em outros estados. Registrando sempre movimento intenso, a Ceasa de Jaguaquara encontra-se com os boxes sem alimentos e o estoque na área de comercialização está baixo, com frutas e verduras na iminência de estragar. O gerente comercial da Ceasa, Leandro Lemos, que responde pela empresa Dinâmica, que administra o espaço informou ao Blog Marcos Frahm, na tarde desta sexta-feira (25), que a entrada de caminhões vindos de outras regiões caiu entorno 90%. Apesar da falta de produtos, os preços sofreram queda. ”Uma situação preocupante. Os caminhões estão muito longe daqui. O que tem aqui hoje é graças à produção regional e local. Os comerciantes estão preocupados”, disse Leandro. O protesto dos caminhoneiros nas rodovias do Ceará chegou ao 5º dia seguido nesta sexta.

Terceirizada, Ceasa passa por reforma

Depois de transferida a gestão do Mercado do Produtor de Jaguaquara do Governo do Estado da Bahia para um grupo de empresários da cidade, finalmente o aspecto mudou no local. A outorga da concessão de uso do Centro de Abastecimento para a empresa D’Onofrio Comércio de Alimentos Ltda., ganhadora do processo licitatório foi realizado recentemente pela Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic).

Aspecto mudou na Ceasa após empresa Dinâmica assumir a gestão

O espaço já está sendo gerido conjuntamente pelos empresários Antônio Ricardo Leal e Américo Pantaleone D’Onofrio, para exploração, operação, manutenção e desenvolvimento da Ceasa e o prazo da concessão é de 30 anos, no valor de R$1,6 milhão (um milhão e seiscentos mil reais). Construída há décadas para modernizar a estrutura de armazenamento e comercialização de hortifrutigranjeiros, a Ceasa, que movimenta a economia local e regional, já não estava mais digna de um município que é o segundo maior produtor do Estado e carecia urgentemente de reforma, que foi iniciada, mas ainda não concluída. Contudo, melhorias, no que concerne a estrutura física, limpeza, segurança e organização já são perceptíveis e com aprovação dos comerciantes. Foi implantado um sistema de monitoramento, inibindo ações criminosas que estavam sendo registradas e, outras alterações, que dependerão de autorização da Sudic serão realizadas, segundo informações da Dinâmica, que também anunciou atualização das taxas que são cobradas aos comerciantes.