Ciro Gomes promete zerar déficit e diz que vitória de Bolsonaro seria ”suicídio coletivo”

Candidato Ciro participa de Sabatina do UOL. Foto: Reprodução

Candidato do PDT à Presidência nas eleições 2018, Ciro Gomes, foi fiel ao seu estilo na Sabatina Estadão-Faap na manhã desta terça-feira, 4 – o de defender com unhas e dentes suas convicções sobre o que acredita ser melhor para o Brasil. Ele sugeriu uma reforma na Previdência com sistema de capitalização e a taxação de grandes fortunas e heranças para solucionar o problema das contas públicas do País,além de insistir na diminuição do endividamento das famílias negativadas para reativação do consumo. No campo político, o pedetista disse que fica com os “mortadelas” na polarização que impera no país e classificou como frágil e injusta a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas afirmou que o petista não deve ser candidato. Ele criticou mais uma vez Jair Bolsonaro (PSL) e pediu para que “o Brasil não cometa esse suicídio coletivo”, além de discutir com seus entrevistadores mais de uma vez. Ciro reconheceu também que “a classe política não merece tanto carinho”. O pedetista prometeu reativar obras públicas que não dependam necessariamente do financiamento direto do Tesouro e citou como exemplo ferrovias e estradas que estão paradas. O candidato também ironizou o apoio de setores do agronegócio a Bolsonaro, com o argumento de que as posições antisubsídio de Paulo Guedes – principal assessor econômico do rival – seriam prejudiciais ao setor. Sobre educação, o candidato ressaltou a necessidade de investimento no ensino superior. No campo da segurança, o pedetista criticou a flexibilização do acesso a armas de fogo e o investimento em tecnologia para proteger as fronteiras contra o narcotráfico. Combativo, Ciro Gomes usou o tempo da sabatina para detalhar as propostas e confrontar os entrevistadores. Na questão do déficit fiscal, o pedetista prometeu agir de maneira técnica. em três eixos. O primeiro deles seria uma reforma da Previdência com transição para o sistema de capitalização, no qual os trabalhadores teriam parte da previdência bancada pelo sistema atual, com um teto a ser definido, e o restante numa poupança, com o fim da diferenciação entre o setor público e o privado.