Governo libera pagamentos do Bolsa Família e Bahia acumula maior número de beneficiários do programa

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A Bahia alcançou o maior número de beneficiários do Bolsa Família do país em março de 2023. São mais de 2,56 milhões de contemplados, com valor médio de repasse de R$ 657,35, um recorde na história do programa de transferência de renda para o estado. De acordo com o governo federal, o investimento é de R$ 1,66 bilhão e os recursos chegam aos 417 municípios baianos.

Salvador é o município com maior número de beneficiários na Bahia. São 297.130, com repasse médio de R$ 645,72 na capital baiana, e investimento do Governo Federal de R$ 191 milhões. Outros cinco municípios do estado têm mais de 28 mil beneficiários: Feira de Santana (76.379), Camaçari (45.459), Juazeiro (38.969), Alagoinhas (31.295) e Ilhéus (28.296).

Em sua nova versão, o Bolsa Família assegura o repasse mínimo de R$ 600 e traz como principal novidade o Benefício Primeira Infância, que garante um adicional de R$ 150 a cada criança entre 0 e 6 anos na composição familiar. São 8,9 milhões de meninos e meninas nessa faixa etária em todo o país, e um investimento de R$ 1,3 bilhão do Governo Federal. A base de dados de março registra, ainda, que 17,2 milhões das famílias têm como responsável uma mulher: 81,2% do total.

Ao todo, 878.491 crianças de até seis anos vão ser contempladas com o Benefício Primeiro Infância na Bahia neste mês. É o segundo maior número do país, atrás apenas de São Paulo, com mais de 1,18 milhão nesta faixa. O orçamento para o benefício extra na Bahia é de R$ 130,5 milhões do total destinado ao estado.

Seguindo tendência nacional, é alto o número de lares chefiados por mulheres que recebem o benefício na Bahia. Elas representam 79,3% do total de beneficiados. Em números absolutos, são mais de dois milhões de famílias nesta condição.

O primeiro mês do calendário de pagamentos do novo Bolsa Família estabelece dois marcos inéditos na história dos programas de transferência de renda do governo federal. Um total de 21,1 milhões de famílias receberá um valor médio de R$ 670,33, o maior já registrado. Além disso, os mais de R$ 14 bilhões de investimento representam o recorde mensal do programa.

O cronograma de pagamentos tem início nesta segunda (20), para beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1. Os repasses seguem até o dia 31. A partir de junho, o valor investido crescerá, pois haverá um adicional de R$ 50 a cada integrante da família com idade entre sete e 18 anos incompletos e para gestantes.

Medida Provisória que eleva o salário mínimo para R$ 1.302 é prorrogada por mais 60 dias

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A Medida Provisória 1.143/2022, que elevou o salário mínimo para R$ 1.302, foi prorrogada por mais 60 dias. A prorrogação foi autorizada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Desta forma, o Congresso terá mais 60 dias para analisar a medida provisória, quando poderá aprovar, rejeitar ou modificar o texto. A medida foi editada em meados de dezembro do ano passado e está em vigor desde janeiro deste ano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já anunciou que irá reajustar o salário mínimo para R$ 1.320 em maio.

O valor atual de R$ 1.302 considera a variação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acrescido de ganho real de aproximadamente 1,4%. Entretanto, o valor aprovado pelo Congresso Nacional no Orçamento Geral da União de 2023 é de R$ 1.320, mas, para entrar em vigor, depende de uma nova medida provisória do Executivo.

Bolsa fecha em alta mesclando otimismo com juros no Brasil e ajuda a bancos no exterior; dólar cai

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A Bolsa fechou em alta e o dólar em queda nesta quinta-feira (16), seguindo a tendência vista nos mercados americano e europeu. A ajuda ao Credit Suisse, anunciada na noite de quarta-feira (15), e à tarde, a confirmação do auxílio de grandes bancos americanos ao First Republic Bank serviram para injetar otimismo no mercado.

O Ibovespa fechou o dia em alta de 0,73%, a 103.433 pontos. O dólar comercial à vista encerrou com queda de 1,05%, a R$ 5,238, depois de bater na cotação de R$ 5,31 no começo do pregão.

No mercado de juros, as taxas tiveram altas moderadas, com os investidores reagindo à decisão do BCE (Banco Central Europeu) de aumentar em 0,50 ponto os juros na Zona do Euro. Se esperava que as autoridades monetárias de Estados Unidos e Europa pudessem aliviar a tendência de aperto da política monetária com a crise bancária, mas isso não se confirmou.

Nos contratos com vencimento para janeiro de 2024, a taxa avançou dos 12,96% ao ano no fechamento desta quarta-feira para 13,03%. Para janeiro de 2025, os juros subiram de 12,07% para 12,16%. No vencimento de janeiro de 2027, a taxa avançou de 12,52% para 12,58%.

A ação do Credit Suisse, negociada na Bolsa de Zurique, chegou a subir mais de 40% no começo do dia, mas fechou em alta de 19,15%. O banco anunciou nesta quarta que irá tomar emprestado cerca de US$ 54 bilhões (50 bilhões de francos suíços, ou R$ 284 bilhões) do Swiss National Bank (SNB, o banco central da Suíça), em uma medida que chamou de “ação decisiva” para fortalecer sua liquidez.

Na tarde desta quinta-feira, a agência Bloomberg noticiou que tanto o Credit Suisse quanto seu maior concorrente na Suíça, o UBS, são contra uma fusão combinada entre os dois bancos. Segundo as informações, o UBS está resistente em assumir os riscos da operação do rival.

Nos Estados Unidos, a ajuda para um banco de médio porte em dificuldade vem do próprio setor. Segundo informações do The Wall Street Journal, um grupo de 11 grandes instituições do país depositaram um total de US$ 30 bilhões no First Republic Bank. A operação foi confirmada pelas autoridades econômicas do país, incluindo o Fed (Federal Reserve, o banco central americano).

Este movimento de salvação dos bancos no exterior ajudou os principais índices de ações globais nesta quinta. Em Nova York, o Dow Jones fechou em alta de 1,17. O S&P 500 avançou 1,76%, e o Nasdaq subiu 2,48%.

Na Europa, o índice Euro Stoxx 600 fechou o dia em alta de 1,19%. O FTSE 100, em Londres, teve avanço de 0,89%. Em Paris, o índice CAC 40 subiu 2,03%, e em Frankfurt, na Alemanha, o DAX fechou o dia com ganhos de 1,57%.

Até mesmo o aumento de juros pelo BCE ajudou a tranquilizar o clima entre os investidores na Europa. “Um nível de juros moderadamente mais alto é positivo para as ações na Europa, já que os preços não estão tão caros quanto nos Estados Unidos”, afirma Lilia Peytavin, estrategista de ações na Europa do Goldman Sachs, em entrevista à agência Bloomberg.

Segundo análise também para a Bloomberg de Guillermo Hernandez Sampere, chefe de operações da MMPH, seria difícil para o BCE mudar a rota dos juros sem perder credibilidade.

No Brasil, continua a expectativa pela divulgação do novo arcabouço fiscal. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com quem teve um jantar nesta quarta-feira sobre o arcabouço fiscal e a reforma tributária. ”O ministro conta com a simpatia dos líderes da Câmara, com a boa vontade em ouvi-lo e prestigiá-lo”, disse.

O objetivo do ministro é que a proposta para as novas regras fiscais se tornem públicas antes da próxima reunião do BC (Banco Central) sobre juros, que termina na próxima quarta-feira (22).

”A pressa de Haddad em divulgar o arcabouço antes da reunião do Copom expressa, além da intenção em influenciar o colegiado para antecipar o ciclo de corte de juros, uma aparente disputa subjacente com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa”, afirma a Levante Investimentos, em relatório.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já sinalizou que vai divulgar o novo arcabouço fiscal antes de sua viagem para a China, marcada para o dia 24.

”Os juros futuros acompanharam a elevação nos retornos dos títulos americanos, com a consolidação da expectativa de que o Fed aumentará os juros em 0,25 ponto, depois da decisão do BCE. Mesmo diante das incertezas sobre o setor bancário”, afirma Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.

Mesmo assim, as altas moderadas das taxas futuras nesta quinta reforçam a expectativa de que a Selic comece a baixar nos próximos meses. ”A curva de juros já indica uma taxa abaixo de 12% já no final de 2023. Isso ajuda as ações de empresas que dependem da demanda doméstica”, diz André Fernandes, Head de Renda Variável e sócio da A7 Capital. Ele destacou o papel ordinário da Locaweb, que hoje subiu 12%.

Nishimura destaca ainda, no mercado local, o desempenho das ações das produtoras de proteína animal. As ações ordinárias da JBS e da Marfrig subiram mais de 3%, enquanto a Minerva fechou com alta pouco acima de 2%.

”Os papéis se beneficiaram do noticiário sobre novos casos de febre suína africana na China. Isso pode beneficiar as exportações brasileiras, com melhora nos preços e no volume”, diz o economista da Nomos.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad apresentará nova âncora fiscal a Lula na sexta-feira

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Os detalhes da nova âncora fiscal que substituirá o teto de gastos serão apresentados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira (17), disse nesta noite o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele afirmou que membros da equipe econômica e da Casa Civil estarão presentes na reunião.

”Ele [o presidente Lula] marcou para depois de amanhã [sexta-feira], portanto, a reunião para que os detalhes sejam apresentados. Já conversei com ele sobre o assunto”, disse Haddad a jornalistas antes de ir para reunião com parlamentares na residência do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

Após a apresentação, caberá ao presidente Lula definir a data de divulgação do projeto. Haddad disse não saber definir se as medidas serão divulgadas antes ou depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nas próximas terça (21) e quarta-feira (22). Nesta tarde, o próprio Lula disse que pretende tomar uma decisão antes da viagem oficial à China, prevista para o próximo dia 24.

Em relação à elaboração do projeto, o ministro disse que o projeto de lei poderá ser redigido em 24 horas, assim que Lula der o aval. “Ele [Lula] precisa validar o desenho para a gente poder redigir. Isso faz em 24 horas. São regras simples”, explicou. ”O assunto está com o presidente da República. É um desenho novo, consistente, que o presidente tem que validar. Lula tem sensibilidade, governou durante oito anos o país”, acrescentou.

Haddad não confirmou se o novo arcabouço fiscal será discutido na reunião com Lira. O ministro disse tratar-se de um encontro de rotina para ”alinhar o Executivo e o Legislativo”, mas admitiu a possibilidade que o tema seja discutido nas conversas com os parlamentares, junto com outros temas. ”Há muitas coisas acontecendo no Congresso”, declarou.

Mais cedo, o ministro tinha afirmado que a minuta do projeto já estava no Palácio do Planalto. Na terça-feira (14), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o documento complementar seria analisado ainda nesta semana.

A Emenda Constitucional da Transição, que liberou do teto de gastos R$ 145 bilhões do Bolsa Família e até R$ 23 bilhões em investimentos caso haja excesso de arrecadação, estabeleceu a obrigação de o governo enviar um projeto de lei complementar que substitua o teto de gastos até agosto. A equipe econômica, no entanto, antecipou o envio para março para dar espaço para o Banco Central (BC) baixar os juros ainda este ano e para dar tempo ao Ministério do Planejamento de elaborar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 conforme as novas regras. Da Agência Brasil

Abate de bovinos no Brasil volta a crescer após dois anos de queda, diz Estatística da Produção Pecuária

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O abate de bovinos voltou a crescer em 2022 depois de dois anos seguidos de queda. Foram 29,80 milhões de cabeças no ano passado, um aumento de 7,5% frente ao ano anterior, ou 2,09 milhões de cabeças a mais. Ao alcançar 56,15 milhões de cabeças, o abate de suínos teve um crescimento de 5,9% em relação ao ano anterior e estabeleceu um recorde na série histórica.

Os dados são da Estatística da Produção Pecuária, divulgada nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O analista da pesquisa, Bernardo Viscardi, disse que o aumento de 19,1% no abate de fêmeas foi fundamental para essa retomada do abate de bovinos. “São os ciclos da pecuária. Depois de um período de retenção das vacas para procriação, seguido pela entrada dos bezerros no mercado e sua consequente desvalorização pelo aumento da oferta, as fêmeas começam a ser destinadas ao abate”, explica em texto no site do IBGE.

O estado de Mato Grosso permanece na liderança do ranking nacional no abate de bovinos. A participação do estado no total do país ficou em 15,8%. Na sequência está São Paulo, com 11,5%, e Mato Grosso do Sul, com 11%.

Ovos
A produção de ovos de galinha avançou em 16 dos 26 estados analisados em 2022. Em comparação a 2021, a produção nacional cresceu 1,2%, o que representa um novo recorde em 2022, totalizando 4,06 bilhões de dúzias. O aumento na atividade em relação a 2021 representa 47,71 milhões de dúzias de ovos a mais à disposição do mercado.

De acordo com Bernardo Viscardi, o mercado interno é o grande responsável pelo resultado, uma vez que o Brasil exporta menos de 1% da produção. “O ovo é a proteína mais barata, em termos absolutos, dentre todas as pesquisadas, sendo uma ótima alternativa às carnes bovina, suína e de frango. Os ovos são utilizados tanto para consumo, quanto para incubação. Logo, o crescimento da produção de carne de frango acompanha o aumento da atividade de ovos incubados, férteis”, explicou.

Mesmo com o recuo de 0,1% frente ao ano anterior, a atividade em São Paulo se manteve como a responsável pela maior produção, ficando à frente no ranking anual dos estados em produção de ovos de galinha, com 27,1%. Depois estão o Paraná, com 9,4%, Minas Gerais, com 8,9%, e o Espírito Santo, com 8,4%.

Suínos
De acordo com o IBGE, mais uma vez, os suínos se destacaram. Foram 56,15 milhões de cabeças abatidas em 2022, um aumento de 5,9% ou 3,10 milhões de cabeças a mais, se comparado a 2021.

Para o analista da pesquisa, isso pode ser explicado pelo aumento das exportações e ainda porque é um tipo de carne com custo menor e mais acessível do que a bovina. ”A indústria de suínos vem trabalhando com cortes fáceis de preparar, o que naturalmente ajuda a elevar o consumo. Além disso, as exportações aumentaram. Apesar da recuperação do seu plantel após o controle da peste suína africana, alguns dos principais destinos da carne brasileira, como China, Vietnã e Filipinas, mantiveram as importações em patamares elevados”, disse.

A liderança no abate de suínos em 2022 continuou com Santa Catarina, que atingiu 28,5% do abate nacional, seguido por Paraná, com 20,4%, e o Rio Grande do Sul, com 17,3%. Outro setor que se beneficiou com a alta demanda no mercado interno foi a produção de frangos, proteína a que mais pessoas têm acesso e, em geral, substitui a carne bovina.

Segundo o IBGE, o resultado de estabilidade de 2022 é o segundo melhor da série histórica e ficou atrás somente da quantidade de 2021. A pesquisa apontou ainda que nas exportações do produto, a gripe aviária, que atingiu em maior grau o hemisfério norte, contribuiu para reforçar a venda de carne de frango do Brasil. De acordo com o IBGE, em consequência, o Brasil se consolidou ainda mais na posição de maior exportador de carne de frango do mundo.

Segundo Bernardo Viscardi, houve problemas nas cadeias de produção de fornecedores tradicionais no mercado internacional tanto nos Estados Unidos como na União Europeia. ”A guerra na Ucrânia também impactou, uma vez que o país era um dos maiores fornecedores”, disse. O Paraná continuou na frente do ranking dos estados em abates de frangos em 2022 e alcançou 33,5% de participação nacional. Depois estão o Rio Grande do Sul (13,4%) e Santa Catarina (13,1%).

Leite
Em movimento contrário, o leite captado em 2022 chegou a 23,85 bilhões de litros. O volume representa uma queda de 5% na comparação a 2021. É também a segunda queda consecutiva após o recorde observado em 2020.

Viscardi disse que o desempenho pode ser explicado pelo fenômeno La Niña, que provocou seca no Sul do Brasil e prejudicou as pastagens, resultando na diminuição da produção de leite. “Os altos custos de produção, que influenciam o preço do leite, envolvendo ração, energia e combustível, associados à baixa demanda do mercado interno, foram outros fatores importantes”, acrescentou.

Mais uma vez, Minas Gerais ficou na liderança no ranking nacional. Dessa vez, com 24,5% de participação, seguido pelo Paraná (14,3%) e Rio Grande do Sul (13,3%).

Couro
A produção em curtumes com, pelo menos, 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano, atingiu o total de 30,11 milhões de peças inteiras. É um aumento de 2,4% em relação ao ano anterior.

Segundo o IBGE, o incremento do recebimento de peles bovinas em 13 dos 18 estados que têm curtumes elegíveis pela pesquisa, influenciou o resultado. Com 16,6% de participação, Mato Grosso se manteve na liderança do ranking nacional, seguido por Mato Grosso do Sul, com 13,8%, e São Paulo, com 11,1%.

Último trimestre
Os dados de 2022 foram obtidos após o resultado do 4º trimestre de 2022, quando o abate de bovinos cresceu 7,7%, o de suínos de 3,4% e o de frangos de 2,2%, na comparação a igual período de 2021. Frente ao 3º trimestre de 2022, o abate de bovinos caiu 5,4%, o de suínos recuou 4% e o de frangos subiu 2,2%. Já a aquisição de leite ficou em 6,29 bilhões de litros, o que representa recuo de 3,2% frente ao 4º trimestre de 2021 e alta de 2,5% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

A aquisição de peças de couro pelos curtumes avançou 5,4% em relação ao 4º trimestre de 2021, e retração de 4,6% se comparado ao trimestre anterior. Na soma, foram 7,62 milhões de peças de couro cru.

A produção de ovos de galinha ficou em 1,04 bilhão de dúzias no 4º trimestre de 2022, uma elevação de 3,4% ante o mesmo período de 2021 e de 1% frente ao trimestre anterior.

Gasolina sobe 6,09% após reoneração dos combustíveis, diz Agência Nacional do Petróleo

/ Economia

Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado nesta sexta-feira (10) mostrou que o preço médio do litro da gasolina subiu 6,09% na última semana – de R$5,25 para R$5,57.

Já o etanol teve uma leve alta, de 2,06%, passando R$3,88 para R$3,96. Por outro lado, o diesel sofreu uma queda de 0,33%, com uma redução no valor médio do litro de R$5,93 para  R$5,91.

O aumento no preço médio destes combustíveis ocorre após o governo federal confirmar o retorno dos impostos federais no setor. O anúncio da reoneração sobre a gasolina e o etanol foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em fevereiro, com reajustes de R$0,34 para a gasolina e R$0,02 para o etanol.

A Receita Federal informou que a reoneração parcial dos impostos terá validade de quatro meses, ou seja, até junho. A medida provisória que dispõe sobre o tema poderá ser mantida no segundo semestre, caso o Congresso decida convertê-la em lei.

Histórico

No ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro zerou as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para a gasolina, o etanol, o diesel, o biodiesel, o gás natural e o gás de cozinha.

Em 1º de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Medida Provisória 1.157, que previa a reoneração da gasolina e do etanol a partir de 1º de março e a dos demais combustíveis em 1º de janeiro de 2024.

Antes da desoneração, o PIS/Cofins era cobrado da seguinte forma:  R$ 0,792 por litro da gasolina A (sem mistura de etanol) e de R$ 0,242 por litro do etanol. Entre as possibilidades discutidas entre o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, e a Petrobras, estão a absorção de parte do aumento das alíquotas pela Petrobras, porque a gasolina está acima da cotação internacional, e a redistribuição de parte das alíquotas originais da gasolina para o etanol. Galípolo e representantes da Petrobras se reuniram nesta segunda-feira (27). Da Agência Brasil

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) sobe 0,84% em fevereiro, informa IBGE

/ Economia

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apura a inflação oficial do país, subiu 0,84% em fevereiro. Com o resultado, o indicador acumulou alta de 1,37% no ano e de 5,60% nos últimos 12 meses, percentual mais baixo do que os 5,77% verificados no período imediatamente anterior. Em fevereiro de 2022, a variação foi 1,01%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O maior impacto no índice de fevereiro foi causado pelo grupo Educação que pesou 0,35 ponto percentual, ao apresentar a maior variação (6,28%). “É a taxa mais alta desde fevereiro de 2004, quando teve variação de 6,7%”, informou o IBGE.

Na sequência ficaram Saúde e Cuidados Pessoais, com alta de 1,26%, e Habitação que avançou 0,82%, em relação a janeiro, influenciando o resultado com 0,16  e 0,13 ponto percentual, respectivamente. Em movimento contrário, Transportes (0,37%) e Alimentação e bebidas (0,16%), mesmo com as elevações, recuaram na comparação ao mês anterior. “Os demais grupos ficaram entre 0,11% de Artigos de Residência e 0,98% de Comunicação”, completou o IBGE.

Educação

Para o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, o avanço da Educação em fevereiro já era esperado, porque os reajustes aplicados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano são contabilizados neste mês. “Normalmente, essa alta de educação fica indexada ao próprio IPCA, ou seja, o reajuste das mensalidades é baseado na inflação do ano anterior”, disse, conforme a publicação.

Entre os reajustes que mais impactaram o grupo Educação estão o dos cursos regulares, que aumentaram 7,58%, puxados pelas altas de ensino médio (10,28%), ensino fundamental (10,06%), pré-escola (9,58%) e creche (7,20%). O maior impacto individual no IPCA de fevereiro foi o do subitem ensino fundamental, com 0,15 ponto percentual. Tiveram destaques ainda os avanços no ensino superior (5,22%), nos cursos técnicos (4,11%) e de pós-graduação (3,44%).

Saúde

Em Saúde e Cuidados Pessoais, a alta de 2,80% nos preços dos itens de higiene pessoal foi o que contribuiu para a variação de 1,26% no grupo. Depois de caírem 5,86%, em janeiro, os perfumes subiram 7,50% e pesaram 0,08 ponto percentual no índice do mês. Os preços dos produtos para pele avançaram 4,54%, com impacto de 0,02 ponto percentual, no IPCA de fevereiro. “Houve, ainda, o resultado do plano de saúde (1,20%), que segue incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023”, revelou o IBGE.

Habitação e vestuário

No grupo Habitação, que subiu 0,82%, a maior pressão (0,05 ponto percentual) partiu da energia elétrica residencial (1,37%). “As variações das áreas ficaram entre -2,04% em Rio Branco, onde houve redução de Pis/Cofins, até 6,98% em Belo Horizonte, onde as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) foram reincluídas na base de cálculo do ICMS, a exemplo do que ocorreu também em outras áreas, como Curitiba (5,94%) e Vitória (4,98%)”, relatou o IBGE, acrescentando que a volta dessa cobrança adicional foi decorrente de decisão recente do Supremo Tribunal Federal.

O grupo Vestuário foi o único entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, que teve variação negativa (-0,24%). Além disso, os recuos em roupas masculinas (-0,58%) e femininas (-0,45%) reforçaram o resultado. ”Esse grupo vinha apresentando sucessivas altas há muito tempo. É natural, portanto, que os preços comecem a baixar”, observou o gerente da pesquisa.

Transportes e Alimentação

A alta de 1,16% na gasolina foi a maior contribuição para o grupo Transportes (0,37%), com o peso de (0,05 ponto percentual). O combustível foi o único que registrou elevação em fevereiro. As quedas no Etanol (-1,03%), no gás veicular (-2,41%) e no óleo diesel (-3,25%) foram superiores a 1%. Com o recuo de 9,38% nos preços, as passagens aéreas contribuíram para a desaceleração do grupo em relação ao mês de janeiro (0,55%).

A retração da alimentação no domicílio, que saiu de 0,60% em janeiro para 0,04% em fevereiro, influenciou o resultado do grupo Alimentação e Bebidas, que também contou com queda mais intensa nos preços das carnes (-1,22%) e recuos nos preços da batata-inglesa (-11,57%) e do tomate (-9,81%). No mês anterior, tiveram altas de 14,14% e de 3,89%, respectivamente. ”No sentido oposto, o destaque foi o leite longa vida (4,62%), cujos preços voltaram a subir após seis meses seguidos de quedas”, apontou o IBGE.

Regiões

O IPCA de fevereiro mostrou ainda que houve alta em todas as áreas nos índices regionais. Os aumentos dos cursos regulares (5,97%), da gasolina (3,37%) e da energia elétrica residencial (5,94%) foram o motivo de Curitiba ter a maior variação no mês (1,09%). A menor ficou com Rio Branco (0,44%). Lá a energia elétrica residencial registrou recuo de 2,04%.

Índice

O IPCA é calculado com base em famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju. A coleta para o cálculo do indicador é feita em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos e internet e estende-se, em geral, do dia 1º a 30 do mês de referência. Da Agência Brasil

Governo Federal informa que vai reajustar valores da alimentação escolar nos próximos dias

/ Economia

O governo federal deve anunciar, nos próximos dias, um reajuste nos valores do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), segundo informações da secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal. O programa prevê repasses de recursos federais para estados e municípios, com base no número de alunos de cada rede.

Em janeiro deste ano, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que o governo estudava aumentar os valores, que, segundo ele, estão sem reajuste há seis anos.

Os detalhes sobre os novos valores, no entanto, ainda não foram divulgados. Atualmente, os recursos repassados pelo Pnae variam de R$ 0,32 por dia (para cada estudante da educação de jovens e adultos) até R$ 2 por dia (para o programa de fomento às escolas de ensino médio em tempo integral).

Outros recursos do Pnae são: ensino fundamental e médio (R$ 0,36), pré-escola (R$ 0,53), atendimento educacional especializado no contraturno (R$ 0,53), escolas indígenas e quilombolas (R$ 0,64), creches (R$ 1,07) e ensino integral (R$ 1,07).

Pelo menos 1/3 dos brasileiros já foi alvo de tentativa de golpe bancário, indica Febraban

/ Economia

O golpe bancário tem se tornado um problema frequente para os brasileiros no últimos anos. 33% da população do país afirma já ter sido vítima ou alvo de tentativas de desfalques, segundo a pesquisa RADAR Febraban, realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com Instituto de Planejamento Estratégico (Ibespe), divulgada nesta segunda-feira (6).

Das cerca de 2 mil pessoas ouvidas pelo levantamento, entre 4 e 14 de fevereiro de 2023, 31% dizem já terem sido alvos de golpe pelo menos uma vez. O índice cresceu em comparação ao início da série histórica de pesquisas, que começou a ser realizada em setembro de 2021. À época, o número era de 21%.

A fraude bancária acontece quando alguém, fazendo uso indevido da identidade de outra pessoa, realiza abertura de contas com outro CPF e emite cartões sem autorização. Os dados também podem ser roubados através de links, páginas falsas, ligações telefônicas, mensagens e redes sociais.

“Os praticantes de golpes, infelizmente, são espertos e se adaptam às novas tecnologias. O uso do WhatsApp para cometer o crime é o segundo meio mais comum. Entretanto, o topo da lista segue pertencente à clonagem do cartão de crédito. Trata-se de um golpe antigo, o que faz com que a realização de campanhas de prevenção seja fundamental”, explica o sociólogo e cientista político Antônio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.

48% dos entrevistados citaram a clonagem do cartão de crédito ou a troca de cartões. A lista segue com os criminosos se passando por conhecidos para pedir dinheiro pelo WhatsApp (26%), a solicitação de dados por meio de suposta central telefônica (25%) e o golpe do leilão ou da loja virtual falsa (7%).

O estudo foi feito com um público representativo da população adulta brasileira acima de 18 anos de todas as regiões do país, com cotas de sexo, de idade, de localidade, de instrução e de renda. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Governo Federal informou que não tem previsão de pagamento de 13º do Bolsa Família

/ Economia

A secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Letícia Bartholo, disse na manhã desta sexta-feira (3), durante coletiva de imprensa, ) que não há previsão de pagamento do 13º do Bolsa Família, programa de transferência de renda.

”O 13º só foi pago em um ano, muito mais como promessa de campanha. O Bolsa Família é um programa de assistência, de complemento de renda, e não se adequa à vinculação de um 13º salário”, disse.

”Ele tem agora um pagamento per capita muito superior ao que antes existia, o Bolsa Família original e o Auxílio Brasil. Então obviamente não há previsão de pagamento de 13º porque o desenho proposto se adequa melhor às necessidades da população”, completou.

Novo Bolsa Família, relançado pelo Governo, começa ser pago no dia 20; veja calendário

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O novo Bolsa Família, relançado pelo governo federal em substituição ao Auxílio Brasil, começa a ser pago no dia 20 de março. Marca das gestões do PT, o programa será retomado com pagamento médio de R$ 715 por família, segundo técnicos do governo, destinado a 20,8 milhões de beneficiários. Atualmente, o valor médio é de pouco mais de R$ 600.

O programa foi relançado em cerimônia no Palácio do Planalto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta quinta-feira (2). O mínimo liberado segue em R$ 600, mas haverá adicionais. Está previsto adicional de R$ 150 por criança até seis anos que estiver na escola, que começa ser pago em março, além de R$ 50 para filhos entre 7 e 18 anos, a partir de junho.

Os pagamentos de março começam no dia 20 e vão até o dia 31. A liberação dos valores é feita conforme o número final do NIS (Número de Identificação Social). O calendário de 2023 divulgado em dezembro pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à fome não vai mudar.

Todos os meses, os valores são disponibilizados para saque ou crédito em conta bancária na sequência de 1 a zero, nos últimos dez dias úteis de cada mês. A exceção é dezembro, os pagamentos ocorrem até o dia 22.

VALOR DO NOVO BOLSA FAMÍLIA

Pelas regras, o novo Bolsa Família não poderá ser de menos de R$ 600 por família, incluindo as que têm apenas um único membro, chamadas de famílias unipessoais. Esses cadastros estão na mira do governo.

Quem tem filho de até seis anos frequentando a escola receberá R$ 150 por cada filho. Com isso, o benefício vai subindo. Não foi informado se haverá limite. Uma família com um filho nesta idade receberá R$ 750 e, com dois filhos nesta faixa etária terá R$ 900 por mês, por exemplo. Serão pagos:

R$ 600 por família
R$ 150 por criança até seis anos
R$ 50 por criança e adolescente de 7 a 18 anos
R$ 50 para gestante
VEJA EXEMPLOS DE QUANTO É POSSÍVEL GANHAR NO NOVO BOLSA FAMÍLIA
1 – FAMÍLIA COM 5 MEMBROS
Um homem, uma mulher grávida, um filho de oito anos, um filho de cinco anos e um filho de dois anos. Serão pagos:
Valor por família: R$ 600
Mãe grávida: R$ 50
Filho de oito anos: R$ 50
Filho de cinco anos: R$ 150
Filho de dois anos: R$ 150
Total: R$ 1.000
2 – FAMÍLIA COM QUATRO MEMBROS
Uma mãe chefe de família com três filhos de 11, quatro e três anos. Serão pagos:
Valor por família: R$ 600
Filho de 11 anos: 50
Filho de quatro anos: R$ 150
Filho de três anos: R$ 150
Total: R$ 950
3 – FAMÍLIA COM DOIS MEMBROS
Uma mãe chefe de família, que está grávida, mais um filho de dois anos. Serão pagos:
Valor por família: R$ 600
Mãe grávida: R$ 50
Filho de dois anos: R$ 150
Total: R$ 800
Segundo o governo federal, o benefício da primeira infância será pago a partir deste mês de março. Os demais adicionais deverão ser liberados a partir de junho. No entanto, até lá, as famílias seguirão recebendo os valores incluídos na cesta do antigo Auxílio Brasil.
REGRAS PARA RECEBER O NOVO BOLSA FAMÍLIA
Segundo o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, será pago um valor maior de benefício porque o governo leva em consideração a quantidade de membros da família. No entanto, famílias de uma única pessoa devem seguir com os R$ 600, já que, segundo ele, não haverá redução no valor mínimo.
”Bolsa Família não é só transferência de renda, o Bolsa Família é uma política de vida, de uma vida melhor”, disse Dias em seu discurso.
QUEM PODERÁ RECEBER:
Para ter o Bolsa Família, é preciso estar cadastro no CadÚnico (Cadastro Único)
Entram no CadÚnico todas as famílias com renda de até meio salário mínimo (R$ 651 hoje, mas deve subir para R$ 660 com o reajuste do salário mínimo prometido para maio)
Famílias com renda per capita (por pessoa) de R$ 218 têm direito ao Bolsa Família
Em seu discurso, o presidente Lula pediu que haja fiscalização de toda a sociedade para que sejam retirados do programa os cidadãos que não atendem às regras e não têm direito ao benefício. ”Porque se tiver alguém que não mereça, esse alguém não vai receber”, disse.
REGRAS PARA NÃO PERDER O BENEFÍCIO:
Matrícula das crianças deve estar ativa na escola
Carteira de vacinação deve estar atualizada
Pré-natal das grávidas precisa estar completo
Crianças até sete anos devem passar pelo acompanhamento nutricional do programa
CAIXA VAI DISTRIBUIR CARTÃO DE DÉBITO NO BOLSA FAMÍLIA
Segundo a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, o programa distribuirá cartão de débito a todos os usuários, que poderão utilizá-los em compras e demais pagamentos.
Ainda não foi divulgado como será feita essa substituição, mas a presidente da Caixa informou que o banco se prepara para, a partir do dia 20, fornecer atendimento para o público em todas as agências e correspondentes bancários da Caixa.
Hoje, os beneficiários recebem por meio do cartão do programa, que serve apenas para saque dos valores na Caixa, lotéricas ou correspondentes bancários, ou por débito na poupança social digital movimentada pelo Caixa Tem.
Segundo Rita, em 2003, quando o programa começou, atendia a 3 milhões de brasileiros. Hoje, chega a quase 21 milhões. No entanto, no último mês, o Bolsa Família, ainda com nome de Auxílio Brasil, pagou benefícios a cerca de 21,9 milhões de brasileiros.
A diminuição no total de beneficiários se dá por causa de cortes após investigação de irregularidades no cadastro.
REAJUSTE NO VALOR POR PESSOA DA FAMÍLIA
O governo anunciou que o novo programa vai incluir famílias com renda de até R$ 218 por pessoa —uma ampliação em relação à faixa de pobreza, que era de até R$ 210 por pessoa da família.
O reajuste de 3,81% fica abaixo da inflação de 7,12% acumulada desde dezembro de 2021, quando foi sancionada a lei que criou o Auxílio Brasil e instituiu os R$ 210 por pessoa.
A medida vai permitir que mais famílias sejam elegíveis para receber o benefício. Há, no entanto, expectativa de manter a fila zerada até o fim do ano.
Para este ano, o governo federal terá um teto de R$ 175 bilhões para destinar ao novo Bolsa Família. O valor é superior ao orçamento aprovado no ano passado, mas tornou-se possível após a aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) articulada pela equipe de Lula, ainda no período de transição.
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Se houver parcela do consignado (empréstimo com desconto direto no benefício), o valor será informado.

História de ex-aluna da UESB que foi beneficiária do programa marca lançamento do novo Bolsa Família

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A doutora em biologia, Isamara Mendes. Foto: Ricardo Stuckert / PR

”O Bolsa Família mudou nossa história e nos permitiu, pela primeira vez, sonhar”, afirmou a jovem baiana Isamara Mendes Silva, uma das beneficiárias do Bolsa Família, durante o lançamento do programa no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (2). O relato da baiana foi o primeiro discurso, na abertura do evento.

Isamara é filha de um casal de feirantes em Cândido Sales, no interior da Bahia, e foi a segunda da família a passar em uma universidade pública. Segundo Isamara, era difícil acreditar que era possível seguir um caminho diferente dos pais. ”Até o dia que minha irmã passou no vestibular para Pedagogia, na Universidade Estadual do Sudeste da Bahia, a UESB. Neste dia, sem precisar dizer uma palavra cada um de nós lá em casa soube que estávamos mudando o rumo da nossa história”, relembrou a jovem baiana.

Com o apoio dos pais e da irmã mais velha, Isamara passou para o curso de Ciências Biológicas, também na UESB, por meio de cotas para alunos da rede pública.

”Foi na universidade, pela primeira vez, que olhei em um microscópio e me deparei com um novo sonho, de ser uma cientista. Mais que isso, descobri que eu poderia realizar esse sonho e tornar-me cientista. Passei então a sonhar com o mestrado e o doutorado e me lembrei de ouvir painho falando, quando ainda era criança: Lula disse que até filho de pobre vai ser doutor”, contou Isamara.

Mesmo não sabendo o significado de ser doutor, Isamara se apegou a frase dita pelo pai e se lembrou dela a cada etapa que ela concluia durante sua formação acadêmica. Após a sua graduação, Isamara fez mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo (USP).

”Sonho que só se tornou possível graças as bolsas de fomento a pesquisa que recebi durante os anos que cursei a pós-graduação. Hoje sou bióloga, sou cientista, estudo ecologia de insetos e tenho interesse especial pelas formigas, hoje são elas que guiam o meu caminho. E posso dizer com orgulho: painho, Lula estava certo, eu me tornei doutora”, declarou Isamara emocionada.

Para a jovem, não é o título de doutora que a define, mas sim a conquista de ser doutora, pois traz a história dos pais que cresceram em meio as dificuldades e nunca tiveram a oportunidade de estudar.

Durante o relato, Isamara relembrou também a importância que o Bolsa Família teve na vida da mãe e como acabou incentivando as filhas a estudarem. ”Ela adquiriu independência ao administrar o Bolsa Família e nos empoderou, acreditando na educação como instrumento de transformação social”, relembrou a jovem.

”Esse relato não é exatamente sobre o dinheiro do Bolsa Família que nos ajudou muito, é mais sobre como o Bolsa Família mudou nossa história e nos permitiu, pela primeira vez, sonhar. Obrigada, presidente Lula”, finalizou Isamara.

JERÔNIMO EM BRASÍLIA

No começo de sua fala, a jovem Isamara agradeceu não só ao presidente Lula, mas também ao governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, que também esteve em Brasília para o lançamento do programa.

Na ocasião,  governador da Bahia destacou a pluralidade do programa. ”O que Lula lançou aqui não foi só o cartão do Bolsa Família. Tem uma agenda forte de saúde, educação e geração de renda. Quem tem fome não sonha, não trabalha e por isso estamos todos juntos, Governo do Estado, deputados, senadores e movimentos sociais, com a mesma dedicação e empenho. Queremos fazer uma parceria forte para que tenhamos uma Bahia e um Brasil sem fome”, declarou Jerônimo, que foi convocado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, junto com os demais governadores, a trabalhar pela execução do programa nos estados. Além disso, o governador se reunirá diversos ministros do governo em busca de recursos e obras para a Bahia.

Bolsa Família: famílias maiores terão adicional de R$ 50 por cada dependente entre 7 e 18 anos

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As novas regras do programa Bolsa Família constarão em medida provisória (MP) que será assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira (2), em Brasília. O evento está previsto para começar às 11h, no Palácio do Planalto. Além de retomar as exigências das contrapartidas, o programa terá um valor extra para famílias maiores. Um desses adicionais era uma conhecida promessa de campanha de Lula e estabelece um pagamento extra de R$ 150 por criança até 6 anos de idade, além dos R$ 600 já recebidos por família. A novidade anunciada pelo governo é um um outro adicional por família, no valor de R$ 50 por cada dependente entre 7 e 18 anos.

Os parâmetros do programa social retomam o modelo original desenhado no primeiro governo de Lula, nos anos 2000. O principal deles é justamente a retomada das contrapartidas das famílias beneficiárias, como a manutenção da frequência escolar das crianças e a atualização da caderneta de vacinação. Durante o governo de Jair Bolsonaro, o programa foi substituído pelo Auxílio Brasil, que não exigia essas contrapartidas.

O programa também terá foco na atualização do Cadastro Único e integração com o Sistema Único de Assistência Social (Suas), com a busca ativa para incluir quem está fora do programa e a revisão de benefícios com indícios de irregularidades. Segundo o ministro da Assistência e do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, haverá integração com outros 32 programas de governo voltados para a qualidade de vida da população.

Os novos valores foram garantidos com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que estabeleceu que o novo governo terá R$ 145 bilhões para além do teto de gastos, dos quais R$ 70 bilhões serão para custear o benefício social. Da Agência Brasil

Fernando Haddad venceu queda de braço com outros petistas ao conseguir reonerar combustíveis

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Haddad convenceu Lula a reonerar os combustíveis. Foto: Reprodução

Dirigentes do PT contam que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conseguiu convencer Lula a reonerar os combustíveis ao apresentar ao presidente uma justificativa social e outra ambiental, informa o colunista Guilherme Amado, do site ”Metrópoles”.

Segundo a publicação, o ministro manteve os tributos zerados até o fim do ano para o gás de cozinha e para o diesel, usado no abastecimento de caminhões. Esse é o âmbito social. No aspecto ambiental, o biodiesel permanecerá com os tributos federais zerados até o fim deste ano.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tentou manter a desoneração integral dos combustíveis, mas foi voto vencido.