Casos suspeitos de febre Chikungunya são investigados em Jequié, Ipiaú e Planaltino, diz sanitarista

Sanitarista Soraya Rafaela comenta casos
Sanitarista fala do Chikungunya na 93 FM. Foto: Blog Marcos Frahm

A 13ª Diretoria Regional de Saúde – Jequié investiga casos suspeitos de febre Chikungunya, em quatro municípios da região. A doença infecciosa é transmitida pelos mosquitos Aedes albopictus e Aedes aegypti, sendo esse último responsável também pela transmissão da dengue. De acordo com a representante da Vigilância Epidemiológica da 13ª Dires, a sanitarista Soraya Rafaela, vários casos suspeitos foram registrados nos municípios de Planaltino, Jequié, Dário Meira e Itagibá. Ela afirma que em todos os casos suspeitos a sorologia coletada precisa enviada para o Instituto Evandro Chagas, referência no tratamento de doenças infecto-contagiosas, com sede no Pará, o que segundo Soraya, dificulta o resultado imediato, por conta da demora. ”Nós temos um caso em Planaltino, um em Dário Meira, outro em Itagibá e ainda mais dois casos suspeitos em Jequié. Todos esses casos estão sendo investigados como febre do Chikungunya. Nós estamos tendo dificuldades para o resultado das investigações por causa da demanda do Instituto Evandro Chagas, que recebe casos de todo o Brasil”, revelou, em entrevista a Rádio 93FM.

Soraya Rafaela é sanitarista da 13ª Dires / Jequié
Soraya Rafaela, sanitarista da 13ª Dires / Jequié, na 93 FM

Soraya Rafaela afirma que os casos suspeitos tem gerado preocupação para a 13ª Dires. ”É algo que preocupa. A febre Chikungunya é transmitida pela picada do Aedes aegypti, e todas as precauções relacionadas às que nós já temos com a dengue, devem ser mantidas. Por tanto, a população precisa se preocupar com todos os recipientes que possam conter água, porque é ali, que o vetor se multiplica”, orientou. Os sintomas da doença são semelhantes ao da dengue, como dores no corpo, nas articulações, febre acima dos 38,5°. Ela pode se apresentar em três fases: aguda, que é fase mais simples; a subaguda, que pode durar por três meses; e a fase crônica, que pode se manifestar por meio de fortes dores articulares mesmo depois do tratamento.

Transmissão

 O vírus é transmitido pela picada da fêmea de mosquitos infectados. O inseto adquire o vírus ao picar uma pessoa infectada, durante o período de viremia, ou seja, um dia antes do aparecimento da febre até o quinto dia de doença, quando a pessoa ainda tem o vírus na corrente sanguínea. Após um período de incubação médio de dez dias, o mosquito torna-se capaz de transmitir o vírus a um humano. Depois da picada, os sintomas da doença tipicamente aparecem após um período de incubação intrínseco médio de três a sete dias. A maioria dos indivíduos apresentam doença sintomática após um período de incubação de dez dias. Porém, nem todos os indivíduos infectados com o vírus desenvolvem sintomas.

A doença no país

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, até o dia 4 de outubro foram registrados 211 casos no país.  Do total, 38 são importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa e os outros 137 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Destes últimos, denominados autóctones, 17 foram registrados no município de Oiapoque (AP) e 156 no município de Feira de Santana (BA).